quarta-feira, 11 de novembro de 2009

POVO KAIOWÁ


Olá, meus queridos!

O assunto de hoje não é feliz. O engraçado é que hoje eu escolhi falar da minha descendência, o povo Kaiowá, ou como nós mesmos nos entitulamos, Paí-Tavyretã, do tronco Guaraní. Os Pai-Tavyterã podem ser identificados com os antigos itatins, dos quais se tem notícia desde os tempos da primeira entrada dos europeus no Paraguai. Do tempo em que eram conhecidos como caaguá da selva ficou a denominação de kaiowá, ainda usada no Brasil. Sua autodenominação, no entanto, é a de paí-tavyterã, com clara alusão ao seu modo de ser religioso: paí seria o título com que os deuses e habitantes do paraíso saúdam e se dirigem a palavra, e tavyterã: os futuros habitantes do povoado do centro da Terra.
Suas aldeias distribuem-se, hoje, entre a porção leste setentrional do Paraguai, norte da Argentina, sul da Bolívia e parte do Mato Grosso do Sul.
Dizem que o primeiro homem foi Papa-Gui (o rei da natureza, criador da água e de tudo da Terra). Em seguida desceu dos céus Nhandeara (rei dos Deuses) há mais de dois mil anos. Ele deixou as regras e religiões que são seguidas até hoje como o uso do tembetá e a reza com mbarakás.
Os Kaiowás não tiveram contato significativo com os colonos europeus e seus descendentes até fins de 1800. No século XX, no entanto, com a chegada das frentes de colonização euro-descendentes aos seus territórios, os caiouás foram expulsos por latifundiários e empresas mineradoras, sem qualquer reação significativa por parte da FUNAI, que supostamente deveria prezar pelo bem estar dos povos indígenas no Brasil. Fora de suas terras, os caiouás são forçados a buscar trabalho, por vezes junto aos mesmos latifundiários que roubaram suas terras, recebendo geralmente pagamentos reduzidos com os quais buscam garantir sua existência.
Nas últimas décadas, centenas de kaiowás, tanto adultos quanto crianças, perderam suas vidas na defesa de suas terras. Estas são consideras essenciais por eles para a sua sobrevivência.
Unidos pela revolta e indignação em relação à lentidão no processo de demarcação de suas terras tradicionais (tekohá), cerca de 300 Guaranis Kaiowás estiveram reunidos, nos últimos dias 15 e 16 do mês passado, no Mato Grosso do Sul, para discutirem a retomada de seus territórios. O encontro, que ocorreu na Terra Indígena Yvy Katú, localizada no município de Japorã/MS, marca a realização da IX Aty Guasu (“Grande Reunião” em idioma guarani).
Nas palavras proferidas pelo cacique de Laranjeira Nhanderu, Farid de Lima, durante a realização do evento, estão expressas toda a indignação que reuniu o povo Guarani e Kaiowá em mais uma edição do “grande encontro”. “Nós vamos arrebentar a cerca e vamos entrar nas nossas terras de novo. E lá nos vamos ser enterrados, junto com os nossos antepassados. A minha comunidade já ta cansada de esperar a demarcação, que nunca é finalizada. Nós somos índios, nós somos o Brasil, somos sementes de Mato Grosso do Sul. Nós não vamos sair daqui, nós somos daqui. Quem invadiu nossas terras foram os brancos. Eles é que tem que sair”.
O evento representa a história da luta do povo Guarani e Kaiowá pela valorização de seus direitos. Além de reunir diversas lideranças indígenas, dentre elas o vereador do município de Paranhos/MS, Otoniel Guarani (PT-MS), o encontro também contou com a presença de representantes da FUNAI regional e nacional, membros de organizações indigenistas e autoridades como a Senadora Marina Silva (PV-AC), o Procurador da República em Dourados/MS Marco Antônio Delfino de Almeida e o Deputado Federal Antônio Carlos Biffi (PT-MS).
Esta a Aty Guasu teve como objetivo central discutir a demarcação do território Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul e pressionar os órgãos competentes a acelerem o processo, que vem se arrastando há quase 4 anos. O povo Guarani e Kaiowá representa a segunda maior população do estado, estando presente também em outras regiões brasileiras. Somam, ao todo, um contingente de, aproximadamente, 60 mil indígenas.

A luta
A situação em que atualmente se encontra o povo Guarani e Kaiowá no Mato Grosso do Sul é tensa e bastante precária. Tendo suas terras sido usurpadas por latifundiários e políticos locais, os grupos foram renegados ao confinamento em um território reduzido (cerca de 127 ha), no qual eram constantemente vítimas de agressões por parte pistoleiros a mando dos grandes fazendeiros.
A crescente violência somada à falta de condições dignas de sobrevivência (como a falta de alimentos e moradia) levou o povo Guarani Kaiowá a saírem em busca da recuperação de seus tekoha. Uma das ações para retomada da terra Krusu Amba, realizada em 2007, foi violentamente reprimida pelos fazendeiros. A tentativa terminou não apenas com a expulsão dos indígenas das áreas ocupadas como também ocasionou a morte da rezadora Zurite Lopes.
Além disso, quatro lideranças foram perseguidas e presas, tendo que cumprir, por dois anos, pena por crimes não cometidos. Após esse episódio, outra ação de retomada foi realizada pela mesma comunidade, o que levaou a nova expulsão pelos fazendeiros. O ato reacendeu a onda de repressão e violência contra o povo Guarani, culminando no assassinato brutal da liderança Ortiz Lopes.
“Nós, o povo Guarani Kaiowá estamos sofrendo há muitos anos pela falta de nossas terras. Enquanto esperamos a demarcação, que nunca é resolvida, nossas crianças estão morrendo de desnutrição e nossas lideranças, sendo assassinadas pelos fazendeiros e seus pistoleiros. A gente não agüenta mais esperar”, desabafa Eliseu Lopes, liderança da aldeia de Kurusu Amba, localizada no município de Amambai. Eliseu, que também é coordenado regional da Mobilização dos Povos Indígenas do Cerrado (MOPIC), vem recebendo constantes ameaças a mando de latifundiários locais.
Sem direito de acesso aos seus tekoha (terras tradicionais), parte do povo Guarani Kaiowá do Mato Grosso do Sul, em especial as famílias da área de Kurusu Ambá, tem vivido, desde 2007, acampado às margens da rodovia MS-289, em Coronel Sapucaia, onde enfrentam muitas dificuldades. Além disso, as lideranças locais tem sofrido constates perseguições e ameaças por parte dos fazendeiros e da policia da região, o que já levou a diversos assassinatos, sem que haja, no entanto, qualquer punição dos culpados por parte da justiça.

O processo
A demarcação do território Guarani Kaiowás do Mato Grosso do Sul vem caminhando a passos lentos. Os indígenas aguardam a conclusão dos relatórios de identificação das terras, cujos prazos de execução tem sido constantemente adiados em função das recorrentes investidas dos fazendeiros.
O advogado da Diretoria de Assuntos Fundiários da FUNAI de Brasília, Aluísio Azanha, que esteve no evento representando o órgão, falou sobre as dificuldades e limitações enfrentadas no Mato Grosso do Sul. “Desde 2008 a FUNAI tem enfrentado uma pressão e resistência política e judicial. O governo do estado do Mato Grosso do Sul se posiciona muito franca e publicamente contra a demarcação, inclusive colocando recursos à disposição dos fazendeiros para elaborarem seus contra-laudos, conseguindo tumultuar, a todo o momento, o trabalho de regularização fundiária nesta região”, argumenta.
Para que o processo prossiga é necessário, no entanto, que os antropólogos da FUNAI ingressem nas fazendas para terminar os estudos identificação das terras. A realização dessa etapa esbarra na forte resistência dos latifundiários, que não poupam ameaças aos profissionais responsáveis pela finalização dos relatórios técnicos.
Para o procurador Marco Antônio Delfino de Almeida essa resistência dos fazendeiros encontra justificativas em possíveis irregularidades nos títulos das propriedades. “É bem provável que parte dos documentos de posse dos imóveis rurais sejam falsos. Por isso, muitos fazendeiros não aceitam nem a indenização pela terra nem os estudos antropológicos nessas áreas, pois temem que quanto mais mexermos nessa questão, mais falhas iremos encontrar”, comenta.
Durante a Aty Guasu os indígenas deixaram registrada a sua impaciência com a situação, exigindo a urgência na solução do problema em questão. Caso o processo não avance, o povo Guarani e Kaiowá empreenderá mais uma ação em massa de retomada de suas terras. Trinta dias foi o prazo deixado para que o Governo Federal regularize o processo de demarcação dos tekoha.

O apoio
As autoridades que se fizeram presentes no encontro registraram seu apoio e solidariedade à luta do povo Guarani Kaiowá, afirmando o compromisso em levar adiante a situação e as reivindicações apresentadas durante a Aty Guasu.
A senadora Marina Silva reafirmou seu compromisso em levar adiante as reivindicações apresentadas pelos indígenas às autoridades de Brasília e a inseri-la nas pautas da tribuna do Senado. “Estou aqui como aliada da causa em qualquer que seja a circunstância em que esteja. Não podemos nos esconder atrás do medo. E em nome da coragem que nos leve a justiça é que nós temos que buscar junto ao Governo Federal, junto a FUNAI, junto ao Congresso Nacional os meios para fortalecer os meios para que as pessoas possam fazer o seu trabalho e dar conta da justiça que vocês esperam”, pondera.
O deputado Antônio Carlos Biffi também se fez presente para confirmar o seu compromisso com a luta do povo Guarani e Kaiowá. “A gente tem sofrido muitas pressões em função da demarcação das terras indígenas. Estamos atuando em defesa das comunidades indígenas e temos sofrido uma pressão muito grande por parte do governo e dos proprietários rurais para que efetivamente não saia nenhuma demarcação. Cabe a nós buscarmos o apoio político para que possamos ver assegurados avanços na nossa política de definição de terras”, afirmou.
Todas as autoridades presentes assinaram o relatório elaborado pelos indígenas assegurando o compromisso com a luta em questão. Uma cópia do documento, que contém as principais reivindicações feitas pelo povo Guarani Kaiowá, foi entregue a cada uma desses líderes políticos para que possam levar a discussão adiante, contribuindo para acelerar o processo de demarcação das terras indígenas na região, assim como outras no estado, que se encontram em situação semelhante.
A saga do Povo Guarani Kaiowá é uma das mais dramáticas do país. Eles são o retrato, com todas as cores muito acentuadas, do pleno e radical descaso do Estado brasileiro com as nações indígenas. A tragédia imposta ao povo Guarani Kaiowá reproduz a submissão do Estado aos interesses econômicos e espúrios de uma pseuda elite, que ignorara os mais elementares direitos humanos. A situação desse povo traduz o desprezo do Estado brasileiro com os menos favorecidos. Representa, sem tergiversar, uma política indígena que privilegia o genocídio de um povo, cujos valores se perdem diante da falta de valor dos mandatários. É lamentável que esse povo chegue à primeira década do século 21 sem o reconhecimento dos seus direitos. É lamentável que o Estado democrático de direito (???) premie os invasores em detrimento do direito à vida. Recordo-me de Marçal Tupã-in, executado a mando do latifúndio dentro de sua casa, meses depois de expor a papa João Paulo II, em sua primeira visita ao Brasil, o drama enfrentado por seu povo. As autoridades, à época, prometeram solução. Palavras ao vento, para fazer bonito diante de sua santidade.
Existe um movimento, de resistência, que embora não faça muito, nos dá forças. Você pode fazer parte do Movimento de Resistência Kaiowá. Não precisa muito, apenas cole o cartaz da resistencia em seu site, orkut, twitter, blog ou qualquer outro meio de comunicação. Agradeço pessoalmente.

O Xamã.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

O ESPIRITO ANIMAL DE CADA UM (Xamanismo)


Olá, pequenos curumins de todo dia!



Vamos falar um pouco mais sobre o caminho indígena. agora que já conhecemos o que é xamanismo, o que a figura do xamã representa e algumas de suas capacidades, podemos falar um pouco sobre um dos temas mais discutidos nas entrelinhas do ocultismo. o animal de poder.

Desde as religiões antigas existem registros de rituais do homem e do animal em todos os hemisférios. Na Índia, a Ganesh, divindade em forma humana com cabeça de elefante; no Egito, Thot, forma humana com cabeça de falcão; na mitologia grega, entre os fenícios, maias, astecas, incas, índios norte-americanos, na Sibéria, nos cultos africanos, entre os aborígines australianos, esquimós, índios brasileiros, no taoísmo. Nos contos Jakata conta-se que Buda em seu “Grande Despertar“ lembrou-se de encarnações animais.
O peixe e a ovelha no cristianismo. Jesus, um dia, disse aos seus discípulos : “Eis que vos enviou como ovelhas no meio de lobos, portanto, sedes espertos como as serpentes e simples como as pombas“ Mateus, 10:16.
Na astrologia ocidental e chinesa os símbolos astrológicos são animais. A simbologia animal também está presente em todas as linhas de ocultismo, na alquimia, nas cartas de tarô, nas runas, no I Ching etc.


No xamanismo passamos pela descoberta do animal guardião que está presente em  cada um de nós. Seja chamado de animal de poder, espírito protetor, nagual, aliado totem, animal guardião. É o nosso alter ego, nosso duplo. Eis aí um primeiro motivo de dúvida. A verdade é que o espírito animal, ou animal totem não é algo externo, mas sim aquilo que existe de mais profundo dentro de nós, e que podemos trazer para fora.Quando compartilhamos de nossa consciência animal, podemos transcender o tempo e o espaço, e as leis de causa e efeito. Os animais de poder são manifestações dos poderes arquétipos ocultos, que estão por trás das transformações humanas. Torna as pessoas com um corpo vigoroso, aumenta a resistência a doenças, a acuidade mental, e a autoconfiança. Eles auxiliam no diagnóstico de doenças, na realização de objetivos desafiadores, para aumentar a disposição, auxiliam no autoconhecimento.
Através de uma maior compreensão da energia animal e da pratica de rituais e meditações, expande-se o seu poder pessoal. Esse relacionamento poderá lhe trazer um vigor extra, ajudará a ter idéias mais criativas, a melhorar seu relacionamento com as pessoas e com o Universo, aumenta sua intuição, melhora seu poder de tomar decisões, maior disposição para enfrentar os desafios da vida e proteção contra perigos.
Os xamãs têm ao menos um animal de poder, porém, dificilmente alguém terá só um, ou até mesmo um número pré-estabelecido de animais. Ele age como espírito guardião e como intermediário para acessar outras realidades. Nas viagens xamânicas ele assume os talentos de seu animal e vê de maneira diferente. Cada animal traz seus talentos, ou uma essência espiritual, e através disso, cada um transmitem-nos a sua sabedoria.
Os totens nos completam. abaixo segue uma lista de alguns, quem sabe o seu esteja entre eles:

Ganso
Deve cultivar: Sociabilidade, expressão emocional.
Deve evitar: Dúvidas e pessimismo.
 Lontra
Deve cultivar: A criatividade, a tolerância e a coragem.
Deve evitar: A excentricidade e a rebeldia.

 Lobo
 O lobo é o Animal do primeiro clã xamânico, o clã da verdade.  se você tem um lobo como totem, não minta jamais, ou o seu totem irá revelar tudo no momento oportuno.
Deve cultivar: Intuição, criatividade e compreensão.

 Falcão
 Deve cultivar: Paciência, persistência, compaixão.
Deve evitar: Vaidade, orgulho e intolerância

 Castor
 Deve cultivar: Adaptabilidade e compaixão.
Deve evitar: Possessividade, inflexibilidade.

 Urso Pardo
o urso é o representante do segundo clã, o clã da força. Ter esse totem representa  estar acima de tudo o que te traga dor.
Deve cultivar: Otimismo e tolerância
Deve evitar: Ceticismo e crítica excessiva

Coruja 
Deve cultivar: Concentração, otimismo e entusiasmo vital
Deve evitar: Auto-indulgência e exagero

 Águia
O animal do terceiro clã, o clã da visão. ninguém te engana, porque você vê o que está além das aparências. 
Deve cultivar: percepção, paciência e amor fraterno
Deve evitar: possessividade e perfeccionismo



Há ainda uma outra possibilidade.
Os clãs xamânicos são representados por animais. Os quatro principais são o clã do lobo (verdade), do urso (força), da águia (visão) e o da tartaruga (sabedoria). existem ainda o clã do sapo (emoção) e o da borboleta (auto-transformação).
 Caso seu animal seja um desses, as chances de você ter algo a ver com o xamanismo é grande. Afinal, o xamã não se diz, mas é escolhido pelos espíritos.

Espero ter esclarecido algumas dúvidas. Mas também espero que elas ainda existam, tamanha a complexidade do tema.

É isso! Ahow!!

terça-feira, 6 de outubro de 2009

EU RECOMENDO - SOCIEDADE DOS POETAS MORTOS


Olá!!


Acontecem agora as inscrições para o vestibular da UFT, e minha namorada, decidiu-se, pelo curso de Filosofia, o que me deixou bastante eufórico. É difícil ver pessoas pensando hoje em dia...


A maioria das pessoas ainda não entendem a importância da filosofia para a sociedade. O filósofo é aquele que vê o que todos vêem todos os dias, mas ele, diferente de outros, aponta para situações em que aquilo que é visto não é algo que deveria estar ali como está. Poderia não estar. Talvez devesse não estar como está. E é aí que mora o grande valor. A filosofia molda o ser humano, muda a sociedade, dá novas diretrizes, aponta para novos cominhos. Sem a filosofia, não saberíamos o que é educação, não existiriam valores, estaríamos muito próximos do caos total.
Todos os povos têm uma educação transmitida muitas vezes de maneira espontânea. Diante disso, cabe ao filósofo acompanhar, reflexiva e criticamente a ação pedagógica de modo a promover a passagem dessa educação guiada pelo senso comum para uma educação sistematizada.
A filosofia da educação desempenha papel importante para denunciar as formas ideológicas, graças ao seu poder de questionamento do que seja educação, não permitindo que a pedagogia se torne dogmática, nem que a educação se transforme em adestramento. 

Foi pensando nisso que eu me lembrei de um dos grandes filmes da minha infância. "Sociedade dos Poetas Mortos", de Tom Schulman, dirigido por Petes Weir, de 1989. Destaque para a atuação brilhante (pasme!!) de Jim Carrey.




O filme "Sociedade dos Poetas Mortos" mostra as relações de um professor
e ex-aluno da Welton Academy, vivido por Robin Williams, com uma turma de adolescentes cheios de sonhos e vontade de viver intensamente. Entretanto, encontram-se inseridos em um sistema acadêmico rígido e autoritário, não permitindo-os, com o pleno auxílio de suas famílias, buscarem outras oportunidades externas às impostas pela instituição de ensino preparatória para a universidade, referindo-se a atualidade brasileira, seria uma escola secundarista técnica.
A quebra dos estereótipos educacionais proposta pelo professor em questão, John Keating, remete os alunos a novas possibilidades e visualizações acerca do mundo em que vivem, ou que deveriam viver. Isso faz brotar nos jovens novos sentimentos, sempre com o insistente auxílio de John Keating pela quebra de barreiras impostas pela sociedade, família e instituição, o que fica bem claro com a morte da personagem Neil Perry, que se remete à vida enquanto ela ainda lhe oferece possibilidades de proveito a cada momento, relação direta com uma frase muito usual na trama: Carpe Diem (aproveite o dia). Ela é sacrificada em suicídio pela causa mais justa relatada no filme, a truculência contra os anseios pessoais e imposições profissionalizantes, educacionais, capitalistas, enfim, que são expoentes da sociedade global mundial. Nos 129 minutos de filme, são mostrados a importância dos sentimentos humanos que superam quaisquer imposições sociais, é o íntimo de cada pessoa sendo mais valorizado que as regras impostas pelo coletivo, é a quebra para a renovação. Entretanto, a aparente quebra de regras, mostradas como sendo o eixo central da trama, se contradiz com a própria formação da Sociedade dos Poetas Mortos, onde todos têm que ler poemas, produzir versos, reunir-se em horários definidos, entre outras, para se tornarem membros efetivos. A Sociedade referencia poemas de autores renomados e dos próprio personagens, como sendo renovadores e estimuladores de ações e pensamentos.
O drama é muito bem construído, com imagens fortes que retiram dos atores os sentimentos que precisavam se mostrar encobertos. Robin Williams, como é de praxe, submete os pensamentos dos espectadores a uma introspecção e auto valorização humana. A escolha de uma instituição preparatória ortodoxa foi muito bem explorada, já que, tradicionalmente, os pensamentos acerca de um local como este remete a todos a um ambiente fechado, com regimentos fortes e invioláveis, truculento e altamente insensível com o ser humano. Todos estão ali pela instituição, que dá em troca a sustentação necessária para sobreviver no mundo cada vez mais individualista. Esse filme todo mundo deveria assistir.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

D-Eficientes


Olá. Tema meio dificil esse....

Esses dias tive um sonho que me deixou meio pensativo. Sonhei que sofria um acidente e ficava sem o movimento das pernas. Não foi necessariamente um pesadelo, pois o que realmente acabaria com minhas expectativas seria eu ficar cego. Pense bem. É possível um cego ser arquiteto??

Daí eu comecei a pensar no quanto a vida de um eficiente é difícil, e pior, não é nem pelo preconceito, o que já é difícil o suficiente. Eu andei reparando alguns fatos na faculdade, observando os acadêmicos deficientes, passeando pela UFT, e reparei em uma coisa: Nenhum deles é acadeirante. Por quê?

Simples: a UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS não tem uma rampa sequer! Cada bloco principal tem três escadas, mas nenhuma rampa, o que torna impossível o acesso de um acadeirante às salas de desenho técnico, coordenações de cursos, PROGRAD, sala de protocolo e reitoria. Também não tem sinalização para cegos no chão, o que faz com que seja necessária a presença de um cão guia, um "luxo" que, se não fosse graças a algumas associações filamtrópicas, custaria entre 18 e 20 mil reais. Aí eu me pergundo: O DCE fala tanto em democracia, mas onde ela está? o que é preciso fazer para se ter acessibilidade? E se fosse só aqui, seria facil. O caso é que o país todo está assim. Façam a experiência. Imaginem se acadeirantes, tentando pegar um ônibus, se deslocar até o trabalho, ou a faculdade, chegar até a sua sala de aula. Imagine-se cego, tentando estudar sem computadores adaptados, sem ajuda, ou mesmo sem a compreenção. Imagine-se, pelo menos uma vez.

pelo simples fato de o ser humano ser insuficiente, não podemos ajudar a todos, mas um pouquinho já faz diferença. estou colocando aqui o link do blog da associação cão guia de cego, que faz um trabalho lindo de distribuição gratuita de cães treinados para guiar cegos há mais de vinte anos. o caso é que um cão é caro, então se vc puder ajudar, doar nem que seja dez centavos, muita gente vai agradecer.

beijo do Xamã!

Obs: Eu sei, que muita gente nem mesmo vai ler esse post, não vai entrar no blog da ACGC, nem vai doar. mas minha consiência está limpa, pois EU FIZ MINHA PARTE! se voce leu, faça a sua também. Por favor.

domingo, 6 de setembro de 2009

EU RECOMENDO Jesus Christ Superstar

Jesus Christ Superstar é um musical de rock de Andrew Lloyd Webber, com texto de Tim Rice. Apresentado em 1970, destaca as lutas políticas e pessoais de Judas Iscariotes e Jesus. A ação ocorre, na maior parte, conforme os evangelhos da Bíblia sobre a última semana da vida de Jesus, começando com a chegada em Jerusalém e terminando com a Crucificação. Atitude moderna e gírias prevalecem nas letras e há alusões irônicas à vida moderna enquanto a visão política dos acontecimentos é retratada. As produções cinematográficas e teatrais apresentam muitos anacronismos, na visão dos sectários, isto é, daqueles que querem separar política de religião.

Grande parte do enredo é focado na personagem de Judas, que é retratado como uma figura trágica, realista e conflitada que não está satisfeita com a aparente falta de planejamento político e afirmações de divindade de Jesus.


SEUS PRINCIPAIS PRÊMIOS:

Oscar 1974 (EUA)

  • Indicado nas categoria de melhor trilha sonora.


BAFTA 1974 (Reino Unido)

  • Venceu na categoria de melhor trilha sonora.
  • Indicado nas categorias de melhor figurino e melhor fotografia.


Prêmio David di Donatello 1974 (Itália)

  • Venceu na categoria de melhor filme estrangeiro.


Globo de Ouro 1974 (EUA)

  • Indicado nas categorias de melhor filme - comédia/musical, melhor ator de cinema - comédia/musical (Carl Anderson e Ted Neeley), melhor atriz de cinema - comédia/musical (Yvonne Elliman), ator novato mais promissor (Carl Anderson e Ted Neeley).


Esse eu recomendo em doses cavalares, tanto o filme quanto o musical. Videozinhos para vocês irem pegando o espírito!








quarta-feira, 19 de agosto de 2009

ligações misteriosas - mensagens subliminares

Olá, pessoas!

falemos deste que é um dos temas mais polêmicos da religião, as Mensagens subliminares.

Saiba o que é uma men­sa­gem subli­mi­nar e ao con­trá­rio do que algu­mas fac­ções reli­gi­o­sas ditam, entenda por que a Dis­ney não deixa as cri­an­ças pro­mís­cuas com ima­gens subli­mi­na­res, a Marl­boro não quer trans­for­mar a popu­la­ção mun­dial em homos­se­xu­ais, a Xuxa não tem pacto com o tinhoso e nem o Raul Sei­xas. Bom, o Raul talvez.

Desde a cri­a­ção do “Cadê?”, as pági­nas ama­do­ras sobre men­sa­gens subli­mi­na­res tornaram-se um entre­te­ni­mento para toda a famí­lia de bem. Com cer­teza uma tia sua já con­tou aquela his­tó­ria de que “em dese­nhos da Dis­ney exis­tem men­sa­gens per­ver­ti­das, malé­vo­las e GAYS”. Já can­sei de ouvir isso em reu­niões de adul­tos e desde cri­ança achava o assunto tri­vi­al­mente imbe­cil para ser levado a sério e deba­tido. Hoje, no entanto, acon­te­ceu comigo a com­bus­tão que pre­ci­sava para desa­ba­far sobre o assunto.

Não entra­rei em mai­o­res deta­lhes, sai­bam ape­nas que hoje vi um semi­ná­rio sobre men­sa­gens subli­mi­na­res e fiquei per­plexo com a impar­ci­a­li­dade das boas moças cató­li­cas que o apre­sen­ta­ram. Ao invés de se ate­rem aos efei­tos cien­ti­fi­ca­mente estu­da­dos das cores do McDo­nald sobre o ins­cons­ci­ente ou sobre as estra­té­gias de mar­ke­ting com mulhe­res gos­to­sas nas pro­pa­gan­das de cer­veja — o que fize­ram? — des­car­re­ga­ram o car­tu­cho todo em músi­cas toca­das ao con­trá­rio com letras satâ­ni­cas, hoa­xes sobre dese­nhos ani­ma­dos do mal e o mape­a­mento pra lá de cri­a­tivo de cons­te­la­ções dia­bó­li­cas em logo­ti­pos famosos.

O padre exci­tado de “A Pequena Sereia”

As meni­nas foram enfá­ti­cas: é evi­dente a segunda inten­ção da Dis­ney neste qua­dro. Olhem como este dese­nho imundo retrata a pureza do casa­mento, dese­nhando um padre cla­ra­mente exci­tado e com mem­bro ereto diante do casal.

sereia em Mensagens subliminares
sereia2 em Mensagens subliminares

Con­tudo, os sites des­ti­na­dos a “escla­re­cer as pes­soas sobre os sor­ti­lé­gios do mal” não reve­lam as cenas den­tro do con­texto, onde é pos­sí­vel notar que a tal pro­tu­be­rân­cia indes­cente em ques­tão são ape­nas os joe­lhos do bom padre. Estes mes­mos sites ainda são toma­dos hoje em dia como fon­tes con­fiá­veis de infor­ma­ção para semi­ná­rios aca­dê­mi­cos. Isso sim é uma imundice.

Marl­boro foi feito para exe­cu­ti­vos gays

Sur­giu a hipó­tese de que o design dos maços de cigarro Marl­boro foi cui­da­do­sa­mente cri­ado para criar uma legião de homos­se­xu­ais tara­dos e… exe­cu­ti­vos. Em pri­meiro lugar, dizem que o polí­gono ver­me­lho no topo repre­senta lite­ral­mente as náde­gas assa­das de quem fica muito tempo sen­tado, seja no escri­tó­rio, no trân­sito ou qual­quer outro lugar — isso seria um cha­ma­tivo para os exe­cu­ti­vos. Em segundo lugar, as letras L e B são mai­o­res na pala­vra para repre­sen­ta­rem um sím­bolo fálico, um órgão repro­du­tor mas­cu­lino em riste para, final­mente, esque­ma­ti­zar o dese­nho de um homen­zi­nho excitado.

marlboro1 em Mensagens subliminares

Vamos aos fatos: por que a maior marca de cigar­ros do mundo iria limi­tar seu mer­cado con­su­mi­dor, con­fi­nando a tal men­sa­gem subli­mi­nar ao res­trito grupo dos exe­cu­ti­vos homos­se­xu­ais quando eles pode­riam ganhar o mundo com algo mais abran­gente? Depois, CARAMBA… como podem enxer­gar um homem exci­tado em uma palavra?!

O cas­telo sexual

Pro­cu­rar por mem­bros sexu­ais mas­cu­li­nos em figu­ras ao acaso é uma ciên­cia e arte. A cri­a­ti­vi­dade deve ser agu­çada e seus olhos devem enxer­gar mais sor­ra­tei­ras estra­té­gias daque­les que dese­jam trans­for­mar nos­sas cri­an­ças em uma legião de cãe­zi­nhos tarados.

sereia3 em Mensagens subliminares

O pênis é um sím­bolo com sig­ni­fi­cado que surge depois que ini­ci­a­mos nossa vida sexual. Vamos supor, sim, que esta ima­gem acima fique estam­pada no incons­ci­ente das cri­an­ças; o que sig­ni­fi­ca­ria um sím­bolo des­ses para elas? Abso­lu­ta­mente nada. Uma “men­sa­gem subli­mi­nar” desse tipo não teria o menor impacto a um sim­pá­tico e purís­simo pir­ra­lho, que nunca viu e não faz nem idéia do que isso seja, nem para que serve e tam­pouco por que esse negó­cio com­prido é con­si­de­rado um tabú na cul­tura oci­den­tal. Além disso, se você pen­sar bem é pos­sí­vel ver padrões sexu­ais em qual­quer tipo de imagem.

scooby em Mensagens subliminares
(voz do Sal­si­cha) “Minha nossa, Sco­oby… que é isso na sua boca?”

Eu mesmo fiz um teste com o meu caderno, que tem uma capa cheia de folhas de outono caindo pela frente das árvo­res, e repa­rei que existe um homen­zi­nho exci­tado com cha­péu de mine­ra­dor. É como aquela his­tó­ria sobre exis­tir códi­gos pro­fé­ti­cos na Bíblia em linhas ver­ti­cais, hori­zon­tais, dia­go­nais ou em degrau. Um mate­má­tico então demons­trou que seria pos­sí­vel, atra­vés desse método, extrair pro­fe­cias como a morte de Ken­nedy ou o resul­tado da Copa de 2002 até mesmo do livro “Moby Dick”.

Rei Leão te ordena a matar e fazer sexo

Eis o texto reti­rado da pró­pria fonte, cujo nome e link não mos­tra­rei a fim de dar-lhes o gosto da fama: “(…) uma cri­ança disse à sua mãe que cor­tava carne na pia: «mãe eu quero sua faca». A mãe per­gun­tou para que? A cri­ança res­pon­deu: «Eu quero matar você. O Rei Leão disse que eu posso matar você!»” — E o que mais? Nada. Sem fonte, nomes, local, sim­ples­mente um boato jogado ao ar se trans­forma em uma prova ima­cu­lada. Faço ainda uma res­salva curi­osa: uma das garo­tas que apre­sen­tou o semi­ná­rio ao qual assisti disse: “Em um encon­tro da igreja que par­ti­cipo, ouvi isso de uma mulher de lá! Ela disse que o menino dela pediu a faca pra mão para matar, por­que o Rei Leão tinha dito isso a ele. Eu ouvi!”. No entanto, des­co­bri que essa his­tó­ria já é antiga e defi­ni­ti­va­mente não saiu da igreja da moça, mas, sim, de um jor­nal hipo­té­tico sobre uma famí­lia ame­ri­cana hipo­té­tica em um site sobre men­sa­gens subli­mi­na­res bas­tante famoso. “Men­tira tem perna curta”, hã.

Outra idéia infame é a de que a pala­vra “SEX” (sexo) surge em uma cena famosa do mesmo desenho.

reileao em Mensagens subliminares

Embora essa forma ambí­gua possa repre­sen­tar um milhão de coi­sas, nin­guém cogi­tou a hipó­tese de estar escrito “SFX” (efei­tos espe­ci­ais), uma piada zom­be­teira da equipe que dese­nhou aquele efeito. Fico sur­preso em saber que nin­guém diz ter enxer­gado um mem­bro sexual subli­nhado ali no meio. E mesmo que esti­vesse escrito “SEXO”, qual seria o efeito na mente juve­nil? Basta ima­gi­nar um adulto sim­ples­mente reci­tando essa pala­vra a uma cri­ança, tirada do nada.. Ela res­pon­de­ria com um rosto em forma de inter­ro­ga­ção bem grande.

Qual a con­clu­são sobre essas men­sa­gens subli­mi­na­res? Desde sem­pre o homem nunca quis assu­mir os pró­prios erros. Começa logo cedo no jar­dim da infân­cia, quando o pir­ra­lho fol­gado que pas­sou o dia assis­tindo dese­nho ani­mado esquece de levar a lição de casa do dia para a escola — aí ele joga a res­pon­sa­bi­li­dade em algo sobre­na­tu­ral e diz que a boneca da Xuxa que estava ali no canto comeu o car­ri­nho de mas­si­nha que ele mode­lou. Este tipo de com­por­ta­mento faz parte de uma miríade de outras táti­cas estu­das em psi­co­lo­gia. É um assunto assaz inte­res­sante, todas tra­tando a “covar­dia” humana da mesma maneira.

Que tal, tal­vez o mundo seja injusto por culpa dos Illu­mi­nati. Quem sabe não são os comu­nis­tas escon­di­dos na Antár­tida que estão inje­tando car­bono na atmos­fera para aque­cer o pla­neta, aque­les ver­me­lhos pede­ras­tas? Ou ainda, que­rem dei­xar nos­sas cri­an­ças pro­mís­cuas para dis­trair as auto­ri­da­des enquanto Darth Vader assume o comando da galáxia…

darthcoke em Mensagens subliminares
Se você der­ra­mar nan­quim sobre o logo da Coca-Cola, dobrar em 4 e espe­lhar, sur­girá a ima­gem de Darth Vader.

A huma­ni­dade tem a ten­dên­cia ins­tin­tiva de pas­sar a culpa de alguma coisa ruim para uma força fan­tás­tica, mís­tica e incon­tro­lá­vel, além de qual­quer res­pon­sa­bi­li­dade e alcance do cida­dão comum. Seria bom que as pes­soas paras­sem para pen­sar, admi­tir que são elas as res­pon­sá­veis pelo que acon­tece aqui no mundo real e arre­ga­çar as man­gas para fazer deste pla­neta um lugar mais bacana, ao invés de espe­rar que tudo se resolva sozi­nho, a par­tir do momento em que for­ças malíg­nas sexu­ais ema­na­das por dese­nhis­tas tara­dos parem de agir.

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segunda-feira, 17 de agosto de 2009

HÁBITOS HEDONISTAS PARTE 1 - ENOLOGIA - FRANGO AO VINHO


Olá, carosa aspirantes a hedonistas! Qeu a busca pelo prazer seja eterna!
Vamos começar anos aprofundar nos mistérios da mente hedonista, estudando um pouco sobre seus atos. um bom edonista que se preze, sabe pelo menos um pouco de ENOLOGIA. Mas afinal, que porra é essa??

A Enologia é o estudo sistemático dos vinhos e da sua produção. O vinho surge da aliança entre os conhecimentos, cada vez mais profundos e precisos, sobre a vinha e a componente enológica, que resulta de anos de experiência e da crescente inovação tecnológica.

Assim, a Viticultura, a par dos processos envolvidos na Vinificação, constituem os elementos cruciais para a obtenção desse líquido tão precioso - O VINHO.
A descoberta de montículos de grainhas em escavações na Turquia, Síria, Líbano e Jordânia, levantam a hipótese de já se produzir vinho por volta do ano 8.000 A.C.

Fazer um bom vinho é um longo processo no qual intervém um largo número de factores. Alguns são fixos, como é o caso do tipo de castas disponíveis, da orientação do vinhedo ou o tipo de solo.

Outros variam sem que o homem tenha qualquer possibilidade de os controlar. Neste caso incluem-se as condições meteorológicas a que anualmente o vinhedo é submetido (horas de sol, de chuva, ocorrência de geada, de granizo, etc.) sem qualquer garantia de reprodutibilidade, ano após ano.

Por fim, há ainda (e felizmente) alguns factores directamente controláveis pelo produtor: o tratamento da vinha, os meios técnicos da adega e as técnicas de vinificação.

Das dezenas de famílias de vides que existem espalhadas pelo mundo de clima temperado, apenas a vitis vinífera pode ser utilizada para a produção de vinho.

Portugal conta com as suas castas autóctones entre as quais destaca-se a Touriga Nacional, a Trincadeira, Tinta Roriz, Alvarinho, Arinto, Roupeiro, etc..

Os aromas do vinho classificam-se em três categorias: primários, secundários e terciários, com os seus respectivos grupos.

Os aromas primários ou de variedade são os aromas de uva enquanto que os secundários provêm da fermentação alcoólica e da má lactose.

Os aromas terciários são adquiridos no estágio do vinho, tanto na pipa como na garrafa. Este grupo é também apelidado de bouquet. Isto é, um vinho jovem, sem ser de guarda, terá aromas primários e secundários mas nunca nos poderemos referir ao seu bouquet.

Os aromas terciários podem ser de oxidação ou redução, e dos dois ao mesmo tempo. Os da oxidação adquirem-se durante o processo de maturação do vinho em contacto com o oxigénio, isto é, durante o estágio na pipa, onde o oxigénio passa através dos pequenos poros do carvalho, oxidando lentamente o vinho.

Os aromas de redução formam-se sob a protecção do ar, ou seja, no seu processo de envelhecimento na garrafa, como acontece por exemplo com o espumante.

Séries e famílias aromáticas dos vinhos brancos


Aromas primários ou de variedade:

Série vegetal
Série floral
ervas frescas, feno, feno seco, feto, folhas verdes, folhas secas, lavanda, chá, tisana, chá preto, folha de tabaco, anis, menta,tomilho, funcho, louro, buxo, musgo, folhagem, cogumelos, trufa.
madressilva, acácia, jacinto, jasmim, espinho branco, rosa, gerânio, nardo, lírio, giesta, cravo, flor de laranjeira, flor de lilás, mel de acácia, alecrim.

Série de frutas
Série dos minerais
maçã, pêra, pêssego, melão, romã, alperce, nêspera, toranja, limão, lima, laranja, pele de cítrico, marmelo, ananás, manga, maracujá, banana, melancia, goiaba, rebuçados ácidos, amêndoa fresca.
quartzo, mina de lápis, giz, iodo, naftalina, petróleo.

Aromas secundários de fermentação:

Série de fermentação
Série láctea
Série amílica
levedura, migas de pão, pão-de-leite, bolachas, pastelaria, doçaria.
leite, iogurte, manteiga fresca, queijo fresco, fermento fresco e seco.
banana, rebuçados ácidos, verniz das unhas, verniz.

Aromas terciários ou de guarda:

Série floral
Série de frutas
flores secas, camomila, urze.
frutos secos (avelã noz, amêndoa seca, etc.), alperce seco.

Série de confeitaria
Série madeiras e bálsamos
mel, praliné, pasta de amêndoa, queque, cera dos favos de mel, coco ralado, frutos cristalizados.
cedro, carvalho, madeira de pinho, madeira fresca, baunilha, fumo, tostado, pinho, resina, eucalipto, coco ralado, tabaco, fumados.

Séries e famílias aromáticas dos vinhos tintos

Aromas primários ou de variedade:

Série vegetal
Série floral
pimento verde, louro, café fresco, folha verde de tabaco, fetos, cogumelos, musgo, trufa, groselha.
violeta, flor de lilás, gerânio, rosa, rosa albardeira, flores secas, rosa murcha.

Série de frutas
Série dos minerais
frutas silvestres: groselha negra ou casis, cereja, morango, framboesa, amoras, lichis, alperce, arando, ginja, ameixa.
pimenta-negra, pimenta verde, pimenta-branca, pimentão, tomilho, cravinho, noz-moscada, cardamomo.

Aromas secundários de fermentação:

Série de fermentação
Série láctea
Série amílica
Levedura, migas de pão, pão de leite, bolachas, pastelaria, doçaria.
leite, iogurte, manteiga fresca, queijo fresco, levedura.
Banana, rebuçados ácidos, verniz das unhas, verniz.


Aromas terciários ou de guarda:

Série floral
Série de frutas
musgo, trufa, cogumelos, urze.
Frutos silvestres em compota, geleia e frutos cozidas, alperce cristalizado, ameixas secas, ginja, ginjinhas, ameixa em licor, figos, figueira, azeitonas pretas.

Série especiarias-madeira
Série empireumática-animal
Carvalho, eucaliptos, pinho, alcaçuz, madeira fresca, madeira fumada, madeira queimada, resina, incenso, cinza, canela, baunilha, coco, tabaco, caixa de charutos, verniz, laca.
cacau, pão torrado, pão de especiarias, avelãs e amêndoas tostadas, nozes, café tabaco, molho concentrado de carne, couro, tinta de esferográfica, almíscar, pelo e penas de caça, pele de animal, sangue.








Há ainda um outro uso para os vinhos. a culinária. eu apresento a voces:


frango ao vinho

  • 4 pares de coxa sobrecoxa sem pele
  • limão para temperar o frango
  • 1 lata de molho de tomate
  • 1 pimentão picado
  • 7 dentes de alho fatiado
  • 1/4 de xícara de óleo de oliva extra virgem
  • 3 cebolas cortadas em rodelas
  • 4 batatas cortadas em rodelas grossas
  • 2 cubinhos de caldo de galinha dissolvidos em em uma xícara de chá de água quente
  • 1 xícara de vinho branco seco
  • 1 tomate picado
  • 3 folhinhas de louro
  • cheiro - verde picado a gosto
  • pimenta - do - reino ou dedo de moça a gosto

  1. Deixe o frango de molho no suco de limão por uns 15 minutos
  2. Numa panela de pressão coloque o óleo
  3. Forre o fundo dessa panela com a cebola, depois as batatas
  4. Ponha o allho, os cubinhos de caldo de galinha dissolvidos na água, o vinho e o frango, o molho, pimentão e os outros temperos
  5. Feche a panela de pressão e leve ao fogo médio, quando a panela começar a fazer barulho conte 25 minutos, desligue o fogo e está pronto
  6. Retire o frango e as batatas e coloque numa travessa


Bom apetite!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

visão sobre a paz


Disseram-me, uma vez, que a minha calma transmite paz. Disseram-me que gostariam de ficar ao meu lado, por sentir-se bem, em paz. Não nego, tenho esse poder. Mas não se engane jamais. A paz que eu ofereço, é a mesma paz que antecede uma explosão atômica, o infarto, o instante de paz entre o apertar do gatilho e a penetração do projétil no crânio. A mesma paz que reside no olho do furacão. A mesma paz de uma lápide. Principalmente após a mordida, quando seu sangue rega minha boca com doçura, enquanto minhas mãos frias passeiam pelo seu corpo desnudo, causando "um calor gélido e ansiado na boca do estômago". E é natural, pois já perdi a conta de quantas vezes eu me perdi dentro da minha mente. Eu já morri muito. Sei onde encontrar a paz. Caso queira senti-la, basta uma coisa: Aproxime-se de mim, mostre-me o seu pescoço, deixe-me sentir o cheiro do seu sangue atravéz da pele da sua nuca, e eu te darei uma sensação que você jamais experimentou. Apenas prometo que serei lento, cruel e doloroso, afinal, eu adoro o cheiro do medo!

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Hedonismo e Hannibal (molhos)

Olá, meus pupilos!!
Terminei de ler um dos melhores livros já publiados, sobre o meu Ídolo maior (que até então era o Michael Jackson, mas já que ele foi comer capim pela raiz....), Hannibal Lecter. Pra quem não conhece, vai um pouquinho da história.

Nascido na Lituania, o seu pai era conde e a sua mãe pertencia à alta burguesia italiana. Presumivelmente é descendente dos Sforza e dos Visconti: os Sforza eram uma família de governantes temida pelos seus actos cruéis e os Visconti eram uma importante família, da região de Milão, que possuía a alcunha de "Dragão Antropófago", o que indica que as tendências canibalescas de Hannibal Lecter são uma herança de família.

Aos 6 anos de idade, Lecter passou por vários acontecimentos traumáticos de grande intensidade. Por essa época, a Lituânia sofria a devastação da Segunda Guerra, devido aos ataques alemães sobre a Russia.

A família Lecter foi vítima das incursões alemãs pela Lituânia, tendo apenas sobrevivido Hannibal e Mischa (sua irmã) do confronto entre as tropas nazis e o exército russo. Segundo a novela de Thomas Harris, os irmãos tornaram-se cativos dos hiwis (lituanos traidores que ajudavam os nazis) após este episódio. Os hiwis, que se faziam passar por equipas da Cruz vermelha, instalaram-se na casa de campo da família Lecter para se abrigar de um Inverno rigoroso e, ao ficarem sem alimentos, mataram Mischa e comeram-na (episódio traumático para Hannibal).

Entre 1970 e 1975, Hannibal Lecter adquire o título de Doutor em Psiquiatria no estado de Maryland, EUA.

Em 1975, o Dr. Lecter trabalha como especialista em psiquiatria nos tribunais de Maryland e Virgínia. A primeira vítima de Lecter é Mason Verger, personagem de tendências homossexuais, membro da sua lista de pacientes influentes, que adquire certa amizade com Dr. Lecter. Hannibal, a determinada altura, sugere ao senhor Verger que se autoflagele, provocando graves feridas na face e arrancando partes da mesma. Posteriormente, o Dr. Lecter corta-lhe o pescoço. No entanto, Mason Verger sobrevive ficando tetraplégico e deformado facialmente. Esta personagem é uma das duas vítimas que sobrevivem aos ataques de Lecter.

No papel de ajudante do FBI na elaboração de perfis psicológicos criminais, Lecter trava uma relação de amizade com o Agente Especial William Graham, o qual posteriormente se converterá numa das suas vítimas e a segunda (e última) a sobreviver aos seus ataques. Este facto põe a verdade ao descoberto e, em seguida, Lecter é capturado para ser sentenciado em julgamento, no qual é apresentada uma lista de 9 vítimas comprovadas até esse momento. Hannibal é condenado a nove Prisões perpétuas no Hospital Forense da Cidade Independente de Baltimore.


O caso é que se trata de um dos maiores serial killers do cinema e da literatura. sua grande especialidade eram os molhos. Afinal, trata-se de um Hedonista, grande conhecedor das artes, da gastronomia, psiquiatra respeitado em todo o mundo, porém , com um pequeno probleminha: o conde Hannibal Lecter é viciado em carne humana!

Não aconselho a ninguem comer carne humana... mas recomendo com louvor alguns molhos, na verdade, nessa lista estão os melhores molhos que eu já comi. Experimentem!


Molho puttanesca

(por favor, sem trocadilhos por causa do nome do molho, se possivel...)


2 (sopa) de alcaparras, bem lavadas para tirar o sal
1 (sopa) de orégano seco
200 gramas de azeitonas pretas, sem caroço, cortadas ao meio no sentido do comprimento
75 gramas de filés de anchova, sem espinhas e lavados para tirar o sal
200 ml de azeite de oliva extra-virgem
½ quilo de tomate de molho, picado
250 ml de purê de tomate
3 dentes de alho picados
sal


Desmanchar as anchovas no azeite, acrescentar o alho e refogar sem dourar. Adicionar os tomates e um pouco de sal e cozinhar em fogo lento até que o tomate separar do azeite. Juntar o orégano, as alcaparras, as azeitonas e o purê de tomate. Cozinhar por alguns minutos para mesclar os sabores. Retificar o tempero.


Molho Japonês


5 (sopa) de vinagre branco ou vinagre de arroz
1 (sopa) de gergelim branco torrado
1 (chá) de ajinomoto
2 (sopa) de açúcar
2 (chá) de sal


Levar ao fogo uma panela alta com as sementes de gergelim. Tampar a panela pois elas pulam, como pipoca. Quando o gergelim ficar ligeiramente dourado, acrescentar o restante dos ingredientes.


Molho de menta (Mint Sauce)


Rendimento: 1 xícara

4 (sopa) de açúcar
4 (sopa) de folhas frescas de menta ou hortelã
2 (sopa) de água fervente
1 de vinagre tinto
sal


Colocar o açúcar sobre as folhas de menta, para avivar o sabor. Picar a menta, colocar numa tigela e misturar a água fervente, mexer até dissolver o açúcar. Adicionar uma pitada de sal. Deixar esfriar um pouco e juntar o vinagre. Levar à geladeira. Servir frio com cordeiro.


Molho de mostarda


1 e ½ (sopa) de suco de limão
3 e ½ (sopa) de mostarda
9 (sopa) de creme de leite
1 (chá) rasa de sal
Pimenta do reino a gosto


Misturar bem todos os ingredientes em um recipiente.



Molho de alho


3 dentes de alho amassados
1 copo de leite
1 copo de limão


Bater todos os ingredientes no liquidificador acrescentando azeite ou óleo para engrossar. Esse molho é excelente para fondue de carne e saladas.


Molho Barbecue


2 (sopa) de açúcar amarelo
2 (sopa) de vinagre de cidra
1 (chá) de molho de soja
3 (sopa) de cidra
140 gramas de polpa de tomate
3 gotas de tabasco
1 dente de alho


Descascar e esmagar o dente de alho e colocar em uma tigela com os demais ingredientes. Cozinhar em fogo brando por 20 minutos. Servir este molho com costeletas, hambúrgueres ou churrascos.

"Hannibal Lecter introduz à escuridão da mente de um assassino, nos mostrando como é construído um psicopata."


A vida feliz consiste na tranqüilidade da mente. (Cícero)