segunda-feira, 27 de julho de 2009

Hedonismo e Hannibal (molhos)

Olá, meus pupilos!!
Terminei de ler um dos melhores livros já publiados, sobre o meu Ídolo maior (que até então era o Michael Jackson, mas já que ele foi comer capim pela raiz....), Hannibal Lecter. Pra quem não conhece, vai um pouquinho da história.

Nascido na Lituania, o seu pai era conde e a sua mãe pertencia à alta burguesia italiana. Presumivelmente é descendente dos Sforza e dos Visconti: os Sforza eram uma família de governantes temida pelos seus actos cruéis e os Visconti eram uma importante família, da região de Milão, que possuía a alcunha de "Dragão Antropófago", o que indica que as tendências canibalescas de Hannibal Lecter são uma herança de família.

Aos 6 anos de idade, Lecter passou por vários acontecimentos traumáticos de grande intensidade. Por essa época, a Lituânia sofria a devastação da Segunda Guerra, devido aos ataques alemães sobre a Russia.

A família Lecter foi vítima das incursões alemãs pela Lituânia, tendo apenas sobrevivido Hannibal e Mischa (sua irmã) do confronto entre as tropas nazis e o exército russo. Segundo a novela de Thomas Harris, os irmãos tornaram-se cativos dos hiwis (lituanos traidores que ajudavam os nazis) após este episódio. Os hiwis, que se faziam passar por equipas da Cruz vermelha, instalaram-se na casa de campo da família Lecter para se abrigar de um Inverno rigoroso e, ao ficarem sem alimentos, mataram Mischa e comeram-na (episódio traumático para Hannibal).

Entre 1970 e 1975, Hannibal Lecter adquire o título de Doutor em Psiquiatria no estado de Maryland, EUA.

Em 1975, o Dr. Lecter trabalha como especialista em psiquiatria nos tribunais de Maryland e Virgínia. A primeira vítima de Lecter é Mason Verger, personagem de tendências homossexuais, membro da sua lista de pacientes influentes, que adquire certa amizade com Dr. Lecter. Hannibal, a determinada altura, sugere ao senhor Verger que se autoflagele, provocando graves feridas na face e arrancando partes da mesma. Posteriormente, o Dr. Lecter corta-lhe o pescoço. No entanto, Mason Verger sobrevive ficando tetraplégico e deformado facialmente. Esta personagem é uma das duas vítimas que sobrevivem aos ataques de Lecter.

No papel de ajudante do FBI na elaboração de perfis psicológicos criminais, Lecter trava uma relação de amizade com o Agente Especial William Graham, o qual posteriormente se converterá numa das suas vítimas e a segunda (e última) a sobreviver aos seus ataques. Este facto põe a verdade ao descoberto e, em seguida, Lecter é capturado para ser sentenciado em julgamento, no qual é apresentada uma lista de 9 vítimas comprovadas até esse momento. Hannibal é condenado a nove Prisões perpétuas no Hospital Forense da Cidade Independente de Baltimore.


O caso é que se trata de um dos maiores serial killers do cinema e da literatura. sua grande especialidade eram os molhos. Afinal, trata-se de um Hedonista, grande conhecedor das artes, da gastronomia, psiquiatra respeitado em todo o mundo, porém , com um pequeno probleminha: o conde Hannibal Lecter é viciado em carne humana!

Não aconselho a ninguem comer carne humana... mas recomendo com louvor alguns molhos, na verdade, nessa lista estão os melhores molhos que eu já comi. Experimentem!


Molho puttanesca

(por favor, sem trocadilhos por causa do nome do molho, se possivel...)


2 (sopa) de alcaparras, bem lavadas para tirar o sal
1 (sopa) de orégano seco
200 gramas de azeitonas pretas, sem caroço, cortadas ao meio no sentido do comprimento
75 gramas de filés de anchova, sem espinhas e lavados para tirar o sal
200 ml de azeite de oliva extra-virgem
½ quilo de tomate de molho, picado
250 ml de purê de tomate
3 dentes de alho picados
sal


Desmanchar as anchovas no azeite, acrescentar o alho e refogar sem dourar. Adicionar os tomates e um pouco de sal e cozinhar em fogo lento até que o tomate separar do azeite. Juntar o orégano, as alcaparras, as azeitonas e o purê de tomate. Cozinhar por alguns minutos para mesclar os sabores. Retificar o tempero.


Molho Japonês


5 (sopa) de vinagre branco ou vinagre de arroz
1 (sopa) de gergelim branco torrado
1 (chá) de ajinomoto
2 (sopa) de açúcar
2 (chá) de sal


Levar ao fogo uma panela alta com as sementes de gergelim. Tampar a panela pois elas pulam, como pipoca. Quando o gergelim ficar ligeiramente dourado, acrescentar o restante dos ingredientes.


Molho de menta (Mint Sauce)


Rendimento: 1 xícara

4 (sopa) de açúcar
4 (sopa) de folhas frescas de menta ou hortelã
2 (sopa) de água fervente
1 de vinagre tinto
sal


Colocar o açúcar sobre as folhas de menta, para avivar o sabor. Picar a menta, colocar numa tigela e misturar a água fervente, mexer até dissolver o açúcar. Adicionar uma pitada de sal. Deixar esfriar um pouco e juntar o vinagre. Levar à geladeira. Servir frio com cordeiro.


Molho de mostarda


1 e ½ (sopa) de suco de limão
3 e ½ (sopa) de mostarda
9 (sopa) de creme de leite
1 (chá) rasa de sal
Pimenta do reino a gosto


Misturar bem todos os ingredientes em um recipiente.



Molho de alho


3 dentes de alho amassados
1 copo de leite
1 copo de limão


Bater todos os ingredientes no liquidificador acrescentando azeite ou óleo para engrossar. Esse molho é excelente para fondue de carne e saladas.


Molho Barbecue


2 (sopa) de açúcar amarelo
2 (sopa) de vinagre de cidra
1 (chá) de molho de soja
3 (sopa) de cidra
140 gramas de polpa de tomate
3 gotas de tabasco
1 dente de alho


Descascar e esmagar o dente de alho e colocar em uma tigela com os demais ingredientes. Cozinhar em fogo brando por 20 minutos. Servir este molho com costeletas, hambúrgueres ou churrascos.

"Hannibal Lecter introduz à escuridão da mente de um assassino, nos mostrando como é construído um psicopata."


A vida feliz consiste na tranqüilidade da mente. (Cícero)

sábado, 25 de julho de 2009

À cerca do Futuro...

A gente sempre fica mentalizando como vai querer que sejam os filhos.. mesmo quem não pretende tê-los, ja deve ter se pego imaginando como seria ter um badequinho correndo pela casa.
eu, particularmente, quero que os meus sejam assim:




O pior é que o mulek é fo*@!!!





tem gente que ja nasce, não adianta...






e tem só seis anos...


é isso. divirtam-se.. e iamginem.

domingo, 19 de julho de 2009

Lenda do Camundongo


Olá!

Pra variar, hoje eu meditei. e me veio à cabeça uma linda lenda, que o meu pajé me contou. Aquele velho índio tem conhecimentos acestrais sem fronteiras... trata-se da lenda do camundongo(só pra lembrar, meu signo é rato.).

Era uma vez um Camundongo que vivia numa tribo dos Camundongos do Vale Verdejantes cheio de vida e alegria. Num certo dia o Camundongo começou a escutar um barulho de água correndo e ficou indagando de onde vinha aquele barulho, perguntava a um e a outro, e escutava sempre a mesma resposta: - Barulho? Que barulho?

Encucado por ninguém ter-lhe dado a resposta, ele partiu para descobrir de onde vinha aquele barulho. Caminhou por horas a fio até chegar a entrada da floresta que aparecia a sua frente. Pediu licença a Mãe Terra para entrar na floresta, respirou fundo e começou andar mata adentro até escutar uma voz que dizia:- Ei! Quem é você? Para onde esta indo com tanta pressa?

Um calafrio percorreu pela sua coluna, era o medo que tomava conta do seu ser. A voz continuou a insistir na pergunta, e o Camundongo assustado olhou em volta e não viu ninguém ao redor. A voz vendo a aflição do Camundongo falou outra vez:- Estou aqui em cima da árvore.

O Camundongo olhou para cima e viu no galho da árvore um Texugo com seus grandes olhos a indagar o jovem Camundongo. - Você ainda não me respondeu.

Com voz trêmula, o Camundongo falou: - Sou um Camundongo do Clã dos Camundongos.

- E para onde você estava indo com tanta pressa? Perguntou o Texugo.

- Estou querendo descobrir que barulho é esse de água que estou escutando. Mas quem é o senhor?

- Eu sou o Professor Texugo.

- Já que o senhor é professor, poderia me auxiliar a desvendar esse mistério.

- Eu estou com um pouco de pressa, mas posso leva-lo até alguém que poderá ajudar você. Falou o Texugo calmamente.

O jovem Camundongo aceitou a oferta do Texugo e seguiu-o até a beira do rio. Ele estava deslumbrado com tanta fartura de água, e por ter chegado ao local da onde vinha o barulho que havia deixado curioso. Agradeceu a Mãe Terra por estar tendo a oportunidade de ver tamanha beleza. O Texugo chegou mansamente e falou com o jovem Camundongo: Venha conhecer a Guardiã do Rio.

Do outro lado do rio, o jovem Camundongo pode ver no meio de um arbusto que saía d'água, uma criatura com dois olhos pretos enormes no seu pequeno corpo verde que se confundia com as folhagens. O Texugo ansioso, tomou novamente a palavra e fez as apresentações:

- Dona Rã, este aqui é o jovem Camundongo do Clã dos Camundongos do Vale Verdejante.

Dito isso, o Texugo pediu licença e deixou os dois a sós. O jovem Camundongo ficou em silêncio contemplando aquele lugar até Dona Rã tomar a iniciativa e começar a falar:

- Você está gostando do que está vendo no Rio? O Camundongo acenou que sim com a cabeça e começou a explorar a beira do rio até ver refletido o seu rosto n'água perguntando ao reflexo: - Ei! O que você está fazendo aí dentro?

A Rã riu e falou: - Calma é apenas o seu reflexo dentro do rio. Agora, se você quiser ver realmente algo majestoso, dê um pulo bem alto olhando para cima e verá a Montanha Sagrada.

O Jovem Camundongo se encolheu o máximo que pode e tomou um grande impulso. Era magnífico a Montanha que surgiu a sua frente, nesse pequeno espaço de tempo que esteve no ar, ele viu a Águia Pintada que circulava no topo da montanha, pode vislumbrar as estrelas que surgiam naquele instante no céu.

Em seguida ele caiu dentro d'agua e nadou até a margem do rio reclamando da Rã que não conseguia segurar a risada: - A senhora me enganou e agora fica rindo de mim. Vou embora e nunca mais volto aqui.

- Calma meu jovem, por que você está tão bravo? Afinal você não conheceu o lugar de onde vinha, o barulho que o deixou curioso?

- Sim. Respondeu o Camundongo.

- E você não vislumbrou a Montanha Sagrada que só a Águia Pintada tem a oportunidade de viver lá?

O Jovem Camundongo, acenou com a cabeça concordando com a Dona Rã.

- E você não mudou de nome ao contemplar a Montanha Sagrada?

- Mudei de nome? Indagou o Camundongo.

- Sim. Respondeu a Rã. - Antes você era o Camundongo, agora você é o Camundongo Saltador.

O Camundongo pensou e viu que a Rã tinha razão. Pediu desculpa a ela, disse que voltaria em outra ocasião e voltou radiante de alegria para o Clã dos Camundongos no Vale Verdejante. Não importava se outros de sua tribo não quisessem ouvir de onde vinha o barulho do rio, se existia a Montanha Sagrada e as belezas que a Mãe Terra nos oferecia. Não o incomodava se eles iriam acreditar nele ou não, o importante era que ele tinha visto todas essas belezas e que havia ganho outro nome. Pois agora, ele era um Camundongo Saltador.

Passado algum tempo entre seu povo, a lembrança daquele dia ardia na sua mente e no coração, e um dia ele foi até a fronteira do Vale Verdejantes e olhou a pradaria. Viu as águias voando no céu e tomou a decisão de ir até a Montanha Sagrada. Respirou fundo e correu o mais rápido que pode até as pradarias. O seu coração pulsava como numa mistura de excitação e medo.

Correu até encontrar o Sítio do Sábio. Controlando a sua respiração do esforço empreendido, ele avistou um Rato Ancião. O Sítio era como se fosse um asilo para os ratos, havia muito que fazer ali.

- Oi. - disse o ancião - Seja bem-vindo.

- Você é um grande rato, - disse Camundongo Saltador com todo respeito. - Este lugar é deslumbrante. E as águias não podem vê-lo aqui.

- Pois é, - disse o ancião - e daqui se pode ver todos os animais da pradaria.

- Que maravilha - falou Camundongo Saltador - Você também pode ver o rio e a Montanha Sagrada?

- Isso eu não posso te responder jovem. - respondeu o ancião - Sei que existe o rio. Mas tenho medo que a Montanha Sagrada seja uma lenda.

"Como ele pode dizer uma coisa dessas?" - pensou o jovem camundongo - A magia da Montanha Sagrada não pode ser esquecida.

- Muito obrigado pela sua hospitalidade, - disse Camundongo Saltador - mas tenho que buscar a Montanha Sagrada.

- Você é um tolo. - falou o ancião - Olhe todos aqueles ponto no céu! São águias, e elas irão lhe pegar!

Foi uma decisão difícil para Camundongo Saltador, mas ele estava determinado a ir a Montanha Sagrada e voltou a correr. O terreno era acidentado, e ele podia sentir as sombras das águias as suas costas durante todo percurso.

Durante a sua jornada ele encontrou em seu caminho um grande tufo de pêlos com chifres escuros. Era um búfalo. Camundongo Saltador não acreditava no que estava vendo deitado à sua frente. "Que ser magnífico". - Pensava ele. E resolveu aproximar-se.

- Olá irmão. - falou o búfalo - Obrigado por me fazer uma visita.

- Oi. Por que está deitado aí Grande Búfalo?

- Estou morrendo. - disse o búfalo - E o Rio Mágico me disse que apenas um olho de camundongo poderá me curar. Mas camundongo não existe.

Camundongo Saltador ficou em estado de choque. "Um dos meus olhos!" - pensou - E saiu em disparada até um canteiro de cerejas. Mas sua respiração era difícil e muito vagarosa, tal qual os seus passos agora.

"Ele irá morrer, se eu não lhe der um dos meus olhos." - pensou - "Ele é um ser magnífico para deixa-lo morrer".

Voltou aonde havia encontrado o búfalo.

- Eu sou um camundongo. - falou com voz trêmula - Você é meu irmão, não posso permitir que morra. Tenho dois olhos, fique com um deles para você.

Após pronunciar essas palavras, o olho do Camundongo Saltador saiu de sua órbita e o búfalo ficou bom.

- Obrigado irmãozinho. - disse o búfalo - Sei que procuras a Montanha Sagrada, como também sei de sua visita ao rio. Você me deu vida para que eu possa dá-la ao povo. Serei seu irmão para sempre. Corra sobre meu ventre, e eu o levarei até o cume da Montanha Sagrada. As águias não poderão vê-lo enquanto estiver correndo debaixo de mim. Só verão o meu lombo.

O Camundongo Saltador correu debaixo do búfalo, protegido e seguro, mas muito assustado e com um único olho. Os enormes casco do búfalo tremia seu mundo a cada passada que dava. Finalmente eles chegaram a um local, e o búfalo parou.

- Devo deixá-lo aqui irmãozinho. - falou o búfalo...

Camundongo Saltador passou a investigar o novo ambiente em que estava. Havia mais coisas ali do que em outros lugares que tinha conhecido. Subitamente ele encontrou um lobo cinzento, que estava sentado ali como se estivesse a contemplar a Mãe Natureza.

- Oi, irmão Lobo. - disse ele.

- Lobo! Lobo! Sim, isto é que eu sou, um lobo! Mas sua mente voltou a ficar confusa, e ele sentou em silêncio a contemplar a natureza, esquecido de quem era. E cada vez que Camundongo Saltador o lembrava de quem ele era, ele ficava entusiasmado com a revelação, mas em seguida voltava a esquecer.

"Que Grande Ser." - pensou o camundongo - " Mas ele não tem memória."

Camundongo Saltador manteve-se em silêncio e passou a ouvir as batidas do seu coração até tomar uma decisão. Foi até onde o lobo encontrava-se sentado e falou:

- Irmão Lobo! - disse Camundongo Saltador.

- Lobo! Lobo! - exclamou o lobo...

- Por favor irmão Lobo. - disse Camundongo Saltador - Escuta-me. Eu sei o que pode cura-lo. O meu olho. E quero dá-lo a você. Você é maior que eu. Sou apenas um camundongo. Tome-o.

Mal o Camundongo Saltador disse essas palavras, seu olho saiu de sua órbita e o lobo ficou bom.

Lágrimas corriam pelas bochechas do lobo, mas o camundongo não podia mais vê-lo, pois agora estava cego.

- Você é maravilhoso irmão. - disse o lobo - Agora minha memória esta boa, mas você esta cego. Eu sou o Guia da Montanha Sagrada. E o levarei até lá. Lá existe um grande Lago Medicinal. O lago mais bonito do mundo. O mundo encontra-se refletido lá.

- Por favor, leve-me até lá irmão lobo. - disse Camundongo Saltador.

O lobo conduziu-o através dos pinheiros até o Lago Medicinal. Camundongo Saltador bebeu da água do lago. O lobo descreveu-lhe a beleza do lugar.

- Agora tenho que ir, - disse o lobo - pois tenho que guiar os outros, mas sempre que precisar estarei com você.

- Obrigado, meu irmão. - agradeceu o camundongo assustado por ter que ficar só.

Camundongo Saltador sentou-se, tremendo de medo. Não adiantava correr,pois ele estava cego, embora soubesse que uma águia o encontraria ali. Sentiu uma sombra às suas costas e escutou os ruído que fazem as águias. Preparou-se para o ataque. E a águia atacou! Camundongo Saltador adormeceu.

Despertou surpreso por estar vivo e enxergando de novo.

Estava tudo turvo, mas ele conseguia ver nebulosamente.

- Posso ver! Posso ver! - disse Camundongo Saltador.

Uma forma enevoada aproximou-se de Camundongo Saltador. Ele tentou ver melhor, mas continuo apenas enxergar melhor, mas continuo a ver apenas uma mancha.

- Olá, irmão. - falou uma voz - Quer um pouco de feitiçaria?

- Feitiçaria para mim? - perguntou Camundongo Saltador - Sim!

- Então abaixe-se o mais que puder. - disse a voz - Agarre-se ao vento e tenha confiança.

Camundongo Saltador obedeceu. Fechou os olhos e agarrou-se ao vento, levou mais e mais para o alto. Camundongo Saltador abriu os olhos e eles estavam límpidos, e quanto mais alto ele subia, mais límpidos tornavam-se seus olhos. Camundongo Saltador viu seu velha amiga sobre um canteiro de lírios no Lago Medicinal. Era a Dona Rã.

- Você tem um novo nome. - falou a rã - Você é uma Águia Pintada.




Meditem. Beijo do xamã.

sábado, 18 de julho de 2009

À CAMINHO DO PRAHNA (arroz com curry e vinho)

Há sempre aqueles que dizem que o hedonismo se resume ao sexo, já que é o conteúdo mais enfocado pelos estudiosos. Mas, vamod deixar uma coisa bem clara: prazer é prazer, independente se é sexual ou não. Quem nunca virou os olhinhos ao comer aquela barra de chocolate belga, ou nunca se excitou ao sentir o cheiro daquele perfume... tudo isso é hedonismo.

Os indianos acreditam que um espírito evolui até chegar ao Prahna, o estado máximo. no livro "As Deusas mães de nossa humanidade" há um texto que diz que "... atingimos o estado máximo quando chegamos ao orgasmo. Logo, estar no Prahna é GOZAR ETERNAMENTE" ( EU REALMENTE GOSTARIA DISSO...)

Nesse caso, quero ver vocês atingirem o Prahna com essa receita, simplismente deliciosa, vinda de lá da Índia

Arroz com curry e vinho

  • Ingredientes
  • 2 copos americanos (200 ml) de arroz
  • Alho picado ou amassado a gosto
  • Cebola ralada a gosto
  • Óleo pra fritar o arroz
  • Azeite a gosto
  • 1 colher de chá de curry (ou a gosto)
  • Sal a gosto
  • 1 garrafa de vinho branco seco (antes que a pergunta venha, não, nem todas as receitas para hedonistas vem acompanhada de vinho...)

  • Modo de Preparo
  1. Depois de escolher e lavar o arroz, coloque a cebola pra fritar no óleo com fios de azeite, até que fique transparente
  2. Acrescente o alho e deixe fritar para tirar o amargo do alho
  3. Junte o arroz, e logo em seguida, o curry e o sal (cuidado para não salgar, pois o curry já tem sabor forte)
  4. Deixe fritar e mexa bastante para que todo o arroz ganhe a coloração amarela do curry
  5. Acrescente metade da garrafa de vinho e tampe a panela
  6. Quando já tiver secado, coloque o restante da garrafa, teste o sal, corrija se necessário e deixe secar novamente
  7. Ao final, se o arroz ainda estiver duro, pode completar o cozimento com água
  8. É importante que o arroz cozinhe no vinho, e não na água
  9. O vinho não precisa ser caro, qualquer vinho branco seco serve
Bom, é isso! Beijo do Xamã!

ABRINDO A PORTA DA COZINHA (PICANHA NA MANTEIGA VERDE)

Olá pessoa!

vamos começar a movimentar isso aqui de verdade.

As pessoas ficam muiito intrigadas quando eu digo que sou hedonista, e me pedem milhões de informações, explicações, e tal... então eu abro este espaço pra isso.

Mas afinal, O QUE É HEDONISMO?

Hedonismo - Do grego hedone, prazer. Diz-se da doutrina que considera o prazer como a
essência da felicidade ou que exalta o prazer como suprema norma moral. Nestes termos,
os únicos critérios para a avaliação de uma dada ação são o prazer e a dor, ou, dito de
outra forma, o prêmio e o castigo. Perspectiva antiqüíssima a que Epícuro dá nova
formulação, quando admite os prazeres morais e não identifica a felicidade com o prazer
imediato. Esta senda vai ser retomada pelo utilitarismo de Bentham, para quem há uma
graduação da moral. A tese está intimamente ligada ao Contratualismo, à idéia de que é
possível a realização do máximo de utilidade com o mínimo de restrições pessoais, numa
perspectiva que reduz o direito a uma simples moral do útil coletivo. Libertando-se deste
critério quantitativo da aritmética dos prazeres, Stuart Mill assume o critério da qualidade
e formula a lei do interesse pessoal ou princípio hedonístico: cada individuo procura o
bem e a riqueza e evita o mal e a miséria.

É o famoso "Eu mereço ter prazer!" Ligado principalmente aos sentimentos
individuais de prazer, seja com bebidas caras, hotéis de alto luxo, roupas exclusivas,
atendimento V.I.P., entre outras coisas. A única regra é que todo prazer será bem vindo!

E nesse caso, vamos ao prazer culinário!

Abrindo a série com chave-de ouro:

picanha na manteiga verde

ingredientes:

uma picanha de aproximadamente 1kg;

250 gramas de manteiga c/ sal;

100 gramas de alho s/ casca;

duas colheres de sopa de conhaque

salsa, cebolinha, folhas de coentro a gosto;

uma pitada farta de realçador de sabor

sal a gosto

modo de preparo:

  1. Bater no processador: A salsa, cebolinha,o coentro, o conhaque, o alho e o realçador de sabor.
  2. Acrescente a manteiga e bata até ficar bastante cremoso
  3. Coloque toda a mistura no freezer por 15 minutos
  4. Corte a picanha em fatias da largura de 2 dedos e polvilhe sal a gosto
  5. Coloque as fatias em uma grelha(quente) para assar por 3min30segundos de cada lado
  6. Sirva a picanha em seguida com a manteiga verde por cima (uma colher de sopa)

Bom apetite. Recomendo servir com uma garrafa de Bordeaux reserva especial de Baron Rothschildbordeaux (diga apenas reserva baron, porque eu nunca vi ninguem conseguir pronunciar essa porra de nome..). Um vinho francês tinto seco (óbviamente...) frutado com uma coloração vermelho rubi. Na boca é macio, com um bom equilíbrio entre ácidos e taninos, um intenso bouquet frutado, bem qeuilibrado e agradável. Morra, de tanto comer! Eu quase não consegui parar...


É isso! beijo do Xamã!

THOR, O DEUS DO TROVÃO

Neste texto faremos algumas reflexões sobre Thor, um deus do panteão nórdico anterior ao cristianismo, sob o prisma psicológico e filosófico. Thor é um deus da antiga cultura nórdica, de tradição oral. Atualmente, este personagem mitológico tem ganhado espaço nos meios de massa como um herói. Os heróis, frequentemente, são figuras singulares que fazem parte do imaginário de diversas culturas. Neste texto relembraremos o deus Thor da mitologia e faremos uma incursão por alguns dos contos de Thor como uma forma de delinear os seus contextos históricos e psíquicos. Vamos analisar como os contos de Thor podem influenciar nossa psique.

No passado, na Irlanda, um dos nomes dados aos Vikings era “O Povo de Thor”, devido à coragem e a força deste povo nos campos de batalha. Os Vikings habitavam a Escandinávia em época anterior ao surgimento cristianismo. Os Vikings, porém, não eram povos primitivos ou bárbaros como muitos acreditam; mesmo que algumas histórias desta gente tenham aspectos um tanto sombrios. Aquele povo não se diferencia em nada dos povos contemporâneos quanto à organização da sociedade. Cornélio Tácito, senador e historiador romano falecido em 120 d.C. revelou que os antigos povos nórdicos tinham uma forma de organização social compatível com aquela que era considerada civilizada. Segundo Michael Howard, pesquisador das raízes espirituais e históricas dos Vikings, esta organização social era invejada até por alguns romanos. Os Vikings obtiveram sucesso na dominação de inúmeros lugares, como o norte e o sul da Inglaterra, o norte da França e outros. Isto também se deve à eficiente organização social que os Vikings possuíam. Podemos ver algumas semelhanças entre a organização social dos Vikings e a nossa civilização contemporânea ocidental; entretanto, os Vikings não tinham uma visão compartimentada do mundo tal como a nossa. Para eles a dimensão espiritual e a dimensão material da vida não estavam separadas; os mitos e a realidade estavam integrados em um modo orgânico.

O erudito islandês Snorri Sturluson, em sua obra The Golda publicada em 1220 d.C. também escreveu sobre estes povos da Europa setentrional. Sturluson retrata suas divindades como personagens semelhantes aos super-heróis atuais. Não sabemos a que atribuir o ponto de vista de Snorri Sturluson, tão diferente dos pontos de vista existentes em sua época. Um dos possíveis motivos seria que algumas divindades em sua origem podem ter sido homens de carne e osso, que teriam praticado feitos extraordinários em vida e divinizados após a morte. Como exemplo, podemos citar o Deus da poesia, Bragi, que originalmente teria sido um poeta do século IX, chamado Bragi Boddason. Alguns diziam que este poeta teria tido as runas (o alfabeto mágico e sagrado dos povos nórdicos) gravadas na sua língua pelo próprio Odin. Existem diferentes histórias sobre a natureza divina de Odin; em uma história ele já nasce como um ser divino; em outra história, ele é um homem que se torna divino após sacrificar-se, pendurando-se de cabeça para baixo na árvore Yggdrasil com uma espada empalada em seu próprio peito. Um outro exemplo é o do deus Thor. Sobre este deus, há indícios que sugerem ter sido ele um corajoso herói de guerra, tendo se tornado uma figura importante nos contos mitológicos escandinavos. Na cultura nórdica, a mitologia e a vida parecem se misturar resultando em um novo valor para a vida das pessoas, para suas escolhas e para a manifestação dos seus talentos intrínsecos. Nesta cultura, os seres humanos podiam ser “deificados”, mas isto não significava um tipo de canonização, nem as pessoas buscavam obsessivamente gravar o seu nome na história. Ter sua própria imagem divinizada não era um projeto de vida em especial; isto acontecia como conseqüência de talentos pessoais demonstrados.

Para os povos da Europa setentrional na época pré-cristã, o estrondo das tempestades estava associado ao deus Thor viajando pelo céu numa carruagem puxada por duas cabras. O medo que os trovões provocava nas pessoas era atenuado pelos contos míticos que ajudavam a organizar e dar sentido ao seu mundo. Segundo o “Dicionário de Símbolos”, de Jean Chevalier & Alain Gheerbrant, os povos celtas entendiam os raios como um desequilíbrio das ordens cósmicas, expressado na cólera dos elementos da natureza. Para os povos gauleses, os trovões traziam o medo de que o céu caísse sobre suas cabeças. Os raios e trovões eram muitas vezes entendidos como um tipo de castigo infligido pelos deuses. Neste sentido, os trovões evocavam a responsabilidade humana para aqueles povos. Thor era um deus que representava uma força da natureza, o trovão, mas que também combatia outras ameaçadoras forças da natureza, os gigantes, uma representação do frio daquela região gelada do globo. Podemos supor que Thor foi “criado” pelo povo nórdico como uma forma de proteger a “psique” coletiva de sucumbir diante do temor das forças da natureza. Atualmente os humanos não mais vêem Thor, o deus dos raios e dos trovões, nas descargas elétricas das tempestades. Agora nossos “mitos” são científicos; confiamos unicamente no pensamento racional, como se este pudesse nos proteger das ameaças da natureza e até da própria psique humana. Nos achamos diferentes dos povos do passado, porque desenvolvemos mecanismos mais “seguros” de explicar a natureza, porém acabamos nos afastando da nossa própria natureza. No entanto, mesmo com a tecnologia e ciência tão desenvolvidas atualmente, ainda vivemos sujeitos a diversos tipos de ameaças, sejam abstratas ou concretas. As crises financeiras, o aquecimento global, o medo da violência, etc. são alguns exemplos do que nos apavora.

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DE THOR

Durante sua infância, Thor foi impedido de viver com outros deuses no Asgard, por causa dos seus freqüentes acessos de ira, os quais perduraram até sua juventude. A grande força de Thor, combinada com seu temperamento tempestuoso, representava uma ameaça a todos. Por este motivo, Thor ficou sob os cuidados de Vingnir e Hlora, os guardiões do relâmpago, até se tornar apto a lidar com suas emoções intempestivas. Quando finalmente Thor pode ir morar com os outros deuses em Asgard, ele recebe como morada o palácio Bilskinir, o maior do Valhalla. Este palácio era a morada final para as pessoas humildes após a sua morte. Era uma imensa construção que tinha 540 salas, podia alojar muitas pessoas, assegurando felicidade eterna para elas como uma forma de compensação a tudo o que elas tinham padecido na Terra. Muitas pessoas apreciavam a honestidade de Thor, seu jeito simplório e seu ímpeto de combater aquilo que ameaçava as pessoas. Por este motivo, Thor era muito venerado e cultuado, até mais que Odin, o deus dos deuses.

Cada um dos deuses tinha um grande inimigo que o desafiaria na batalha final, conhecida como Ragnarok. O maior desafio na vida de Thor era combater os gigantes e a grande serpente do Caos; esta última vivia no oceano que rodeava Midgard, a Terra. Esta serpente é a representação dos instintos e da impulsividade natural do ser humano, como a afetividade e a agressividade. Estas emoções ainda estavam indiferenciadas e caóticas nas emoções de Thor. Por isso, este personagem apresenta dois aspectos marcantes em sua personalidade: obstinação e teimosia, em proporções descomunais. Por causa destes aspectos ainda latentes em Thor, ele foi o único deus que nunca teve permissão de entrar no Asgard passando por Bifrost, a ponte do arco-íris que ligava o domínio dos deuses e a Terra. Ainda que a ponte fosse feita de um fogo flamejante que afastava os gigantes gelados, temia-se que Thor pudesse involuntariamente destruir esta ponte com suas passadas, por causa dos raios e trovões que ele provocava ao caminhar; representação de sua ira e emoções sempre à flor da pele. Assim, devido ao medo que os outros tinham do efeito provocado por seu caminhar, Thor precisava fazer percursos maiores para alcançar a morada dos deuses e a árvore Yggdrasil, onde os deuses se reuniam diariamente.

As características de intempestividade do deus Thor podem ser comparadas aos fenômenos do inconsciente que irrompem na consciência sob a forma de explosões emocionais. Metaforicamente, podemos associar as histórias de Thor com alguns aspectos psíquicos, como a inflação do ego. Para a Psicologia Analítica, este fenômeno representa um estado em que o indivíduo tem um sentimento irreal e desproporcional sobre si mesmo. Isto equivale a um excesso de conteúdos inconscientes que fazem com que o ego perca a sua faculdade de discriminação. Refletir sobre estas características de Thor pode servir para lidarmos melhor com os aspectos presentes em nossa personalidade e mesmo em nossa sociedade. Thor precisa lidar criativamente com sua personalidade intempestiva, e suas aventuras acabam servindo para exprimir e dar sentido à sua intensa energia. Neste sentido, as histórias de Thor se diferenciam das de Hércules, deus da mitologia grega que precisa cumprir doze tarefas tidas como impossíveis para conseguir eliminar a sua tendência à ira. Segundo a mitologia grega, certa vez Hércules foi tomado pela ira, e acabou matando as pessoas que mais amava no mundo: sua esposa e seu filho. Na mitologia Nórdica, Thor não tinha tarefas a cumprir, e nunca matou quem amava; a sua intensidade emocional era usada em suas aventuras, protegendo o Asgard e lutando contra os gigantes. Thor era filho de Iord, a deusa Mãe-Terra, o que dava à sua personalidade uma ênfase na corporalidade. Ele era o deus protetor da colheita e também acolhia em seu palácio os humanos que haviam sofrido durante sua vida na terra; isto revela um aspecto doce e acolhedor de Thor. De seu pai, Odin, ele herdou qualidade da determinação, isto o ajudava a vencer as dificuldades, até mesmo seus próprios pontos fracos.

As aventuras de Thor para proteger o Asgard e os seus deuses fazem com que ele tenha que entrar em contacto com aspectos que se opõem à sua personalidade forte, máscula e segura. Por exemplo, em um dos episódios lendários da mitologia nórdica, Thor é convencido a se disfarçar em uma deusa e fingir casar-se com um gigante, seu maior inimigo. Isso se deu porque Mjölnir, o martelo de Thor, estava em poder deste gigante que queria, em troca do artefato, casar-se com Freija, a deusa mais bela do Asgard. Nesta história, Thor relutantemente entra em contato com seu aspecto feminino. A única maneira que os deuses encontraram para evitar a perda do martelo e da deusa Freija foi fazer com que Thor se vestisse de mulher. Mesmo vestido como uma mulher e usando um véu que escondia sua barba ruiva, Thor não convenceu ninguém sobre sua feminilidade; até mesmo o gigante com quem ele fingiria casar-se desconfiou das maneiras grosseiras da “deusa”. Thor não conseguiu disfarçar sua fome insaciável e sede descomunal e as chispas que saiam de seus olhos. Apenas o deus Loki, especialista em truques e artimanhas, conseguiu ludibriar o gigante e convencê-lo de que Thor realmente era a deusa Freija. Loki disse ao gigante desconfiado que Freija estava muito ansiosa para casar-se com o gigante e por isto há tempos não comia, dormia ou bebia. O gigante acreditou em Loki e graças a isso, o gigante foi eliminado por Thor, Freija continuou no Asgard e o martelo foi recuperado.

O NASCIMENTO DOS DEUSES

Para Jung, os mitos são criados como resultado do ímpeto criador dos seres humanos, eles estão intimamente relacionados com a psique humana. Podemos estudar mais profundamente alguns aspectos do mito de Thor, tendo o cuidado de não reduzir as possibilidades de interpretações. Na mitologia, o Martelo de Thor foi criado pelo anão ferreiro, Sindri. Os contos nórdicos espelham o imaginário daquele povo que acreditava que as cavernas eram locais onde podiam ser encontrados materiais valiosos como ouro e pedras preciosas, dentre outros. Se olharmos este aspecto do mito pelo prisma da Psicologia, as cavernas em geral representam o inconsciente dos seres humanos, um local escuro, de difícil acesso contendo riquezas em potencial. O martelo Mjölnir é feito de um mineral semelhante a uma pedra, com um aspecto metálico; este mineral torna o martelo extremamente pesado e só Thor consegue manuseá-lo, graças à sua força gigantesca. Ao forjar o martelo Mjölnir, o anão Sindri transformou um material em estado bruto em uma obra de arte e um elemento útil ao deus Thor. Assim, o martelo de Thor pode ser entendido como um símbolo de um modo criativo de se lidar com o material inconsciente da psique. Mjölnir pode ser considerado uma representação de aspectos potenciais antes inconscientes, que depois de conscientizados e trabalhados, tornam-se algo de bom valor. O martelo tornou-se a principal marca de Thor, possibilitando que este deus possa cumprir sua meta; proteger o Asgard dos gigantes do frio. As forças do inconsciente, quando utilizadas de forma criativa, se contrapõem às tendências psíquicas humanas de autodestruição. Histórias míticas, em geral, produzem em quem as ouve ou lê efeitos específicos, particulares para cada pessoa, e difíceis de serem medidos e avaliados. Elas também satisfazem uma necessidade humana de fantasia e de produção de caminhos psíquicos próprios. O ser humano tem a necessidade de descobrir caminhos que o ajudem a melhor se expressar no mundo de forma singular; a mitologia pode funcionar como um guia para ampliação das possibilidades psíquicas.

O psicólogo Erich Neumann estudou a importância das sagas míticas universais e da função dos deuses na vida das pessoas. Para este pesquisador, a consciência humana se desenvolve por meio de desafios representados pelas histórias vividas pelos heróis míticos das diversas culturas humanas. A consciência humana, individual e coletiva, se utiliza dos contos de heróis como modelos para vivenciar um percurso psíquico interno. Segundo este autor, para que um indivíduo adquira uma identidade pessoal e uma consciência mais abrangente, ele precisa travar lutas psíquicas internas. Estas batalhas podem ser associadas com aquelas dos contos míticos de heróis. Os contos de fadas e imagens de heróis, nesta ótica, são fundamentais para que se ampliem as possibilidades emocionais e psíquicas dos seres humanos.

Na ótica do trabalho de Jung, os mitos podem ser utilizados para acessar áreas profundas da psique. Segundo ele, um herói deve não somente ter a capacidade de resistir diante das dificuldades, mas também de sustentar conscientemente a tensão das múltiplas instâncias psíquicas, como por exemplo, os aspectos racionais e não racionais da psique atuando em conjunto. Segundo Jung, os mitos têm aspectos não racionais, que se opõem aos aspectos racionais, mais valorizados na atualidade. Michael Howard, afirma que sob a sociedade moderna, os deuses pagãos continuam tecendo suas fórmulas encantatórias. Podemos entender que estas fórmulas são os caminhos psíquicos indicados nos contos mitológicos. Para Jung, é possível projetar conteúdos da psique nos heróis dos mitos e contos de fadas. De outra forma, quando alguns conteúdos da psique estão inconscientes e reprimidos, surge uma série de generalizações e simplificações sobre as questões vividas e uma tendência destrutiva. Por exemplo, quando emoções de raiva, desapontamento e um sentimento de impotência em relação ao mundo não estão sendo percebidos de modo consciente, estes conteúdos são projetados em outras pessoas e situações. Quando deixamos que os heróis mitológicos ou deuses representem o conteúdo desta projeção, ela pode ser melhor elaborada. Desta forma, a fantasia e a imaginação não são reprimidas e não são extravasadas destrutivamente na vida cotidiana.

A escritora escocesa Fiona MacLeod afirma que “Os Velhos Deuses não estão mortos – nós, sim”. É provável que esta morte mencionada por ela seja uma referência à cisão entre os mitos e o cotidiano, o corpo e o espírito. Os escritos de Espinosa (1632 – 1677), filósofo do séc XVII, naturalizam a conexão da mente com o corpo. Para ele, a nossa vida emocional provém de uma estreita cumplicidade entre a mente e corpo. Espinosa afirma que é importante haver um esforço mental e corporal para imaginar e agir de modo a fortalecer o que ele chama de “potências corporais”, pois estas se refletem na mente e vive-versa. Para ele, devemos imaginar modos de lutar contra as “imagens adversas” – representadas na mitologia escandinava pelos gigantes gelados – pois estas nos tornam passivos. Espinosa acredita no aperfeiçoamento das emoções para que elas não nos dominem, como no mito de Hercules. Para este filósofo, a nossa essência humana é o esforço (conactus) com o qual procuramos persistir em nosso próprio ser, unificando mente e corpo. As aventuras de Thor podem ser um fio condutor psíquico que fala destes aspectos conectivos. Nosso herói sempre empreende um enorme esforço para lidar com seus aspectos intempestivos. O mito de Thor traz ensinamentos de vitalidade para o mundo contemporâneo cindido, uma cisão naturalizada no sistema social. As aventuras deste deus nos levam a perceber inúmeras formas de expressar a intensidade emocional criativamente. Em um esforço próprio, cada pessoa deve tentar unir corpo e mente. Aprender um modo particular e singular de lidar consigo mesmo e de se expressar no mundo.

É isso! beijo do XAMÃ.

"O que nos empobrece é a falta do conhecimento"

Gerald Gardner

REZANDO EM LATIM

Reúne mais poder para a sua prece. dou aqui uma liata de algumas pre que possam tentar.

Ave Maria

Ave María, grátia plena, Dóminus tecum, Benedicta tu in mulieribus, et benedictus fructus ventris tui, Iesus .Sancta María, Mater Dei,ora pro nobis peccatóribus,nunc et in hora mortis nostrae. Amen

Pater Noster

Pater noster, qui es in caelis:
santificétur nomen tuum; advéniat regum tuum;
fiat volúntas tua, sicut in caelo, et in terra.
Panem nostrum cotidiánum da nobis hódie;
et dimítte débia nostra, sicut et nos dimíttimus debiotóribus nostris;
et ne nos indúcas in tentatiónem; sed líbera nos a malo. Amen.

Glória

Glória Patri et Fílio et Spirítui Sancto.
Sicut erat in princípio et nunc et semper,
et in saécula saeculórum. Amen.

Salve Regina

Salve Regina, Mater misericordiae;
Vita dulcedo, et spes nostra, salve.
Ad te Clamamus exsules filii Hevae;
Ad te Suspiramus, gementes et flentes in hac lacrymarum valle.
Eia ergo, Advocata nostra,
Illos tuos misericordes oculos ad nos converte:
Et Iesum, benedictum fructum ventris tui,
Nobis post hoc exsilium ostende.
O clemens, o pia, o dulcis Virgo Maria.
Ora pro nobis, Sancta Dei Genitrix.
Ut digni efficiamur promissionibus Christi.

Oratio Fatima

Domine Iesu, dimitte nobis debita nostra,
salva nos ab igne inferiori,
perduc in caelum omnes animas,
praesertim eas,
quae misericordiae tuae maxime indigent.


Angelus

V. Angelus Dómini nuntiávit Mariae.
R. Et concépit de Spíritu Sancto.
Ave María
V. Ecce Ancílla Dómini.
R. Fiat mihi secúndum Verbum tuum.
Ave María
V.Et Verbum caro factum est.
R.Et habitávit in nobis.
Ave María
V.Ora pro nobis, Sancta Dei Génitrix
R.Ut digni efficiámur promissiónibus Christi.


Orémus

Gratiám tuam, quaésumus, Dómine méntibus nostris infúnde: ut qui, Angelo nuntiánte Christi fílii tui incarnatiónem cognóvimus, per Passiónem ejus et Crucem, ad ressurectiónis glóriam perducámur. Per eúmdem Christum Dóminum nostrum. Amem.

Regina Coeli

(Substitui o Angelus em tempo pascoal)

V.Regina coeli, laetáre; alleluia.
R.Quia quem meruísti, portare; alleluia
V.Ressuréxit sicut dixit; alleluia
R.Ora pro nobis Deum; alleluia
V.Gáude et laetáre, Virgo María; alleluia
R.Quia surexit Dóminus Vere; alleluia


Orémus

Deus qui per ressurectiónem Fílii tui Dómini nostri Iesu Christi mundum laetificáre dignátus es, praesta quaésumus, ut per eius Genitricem Vírginem Mariam perpétue capiámus gaudia vitae. Per eúmdem Christum Dóminum nostrum. Amem.


Signum Crucis

In nomine Patris, et Filii, et Spiritus Sancti. Amen.

Xamanismo (ligações misteriosas)

O xamanismo é um tema apaixonante. Trata-se de um fenômeno que muitos gostariam de conhecer como uma ciência exata, porque esta é o paradigma dominante de conhecimento na sociedade moderna. Isso, entretanto, não é possível: o conhecimento científico não é um método adequado para se apreender, interiormente, o fenômeno do xamanismo. Os xamãs verdadeiros afirmam que nada mais são do que atores, neste vasto e insondável infinito cósmico. A maioria de nós, que não tem a oportunidade de conhecer e de aprender com um xamã verdadeiro a manipulação das suas técnicas, conforma-se em ler, em livros, conceitos e técnicas a respeito. Mesmo assim, alguns ainda alcançam certas experiências por conta própria, sem, contudo, ter a base ou a ajuda necessárias para realizar as técnicas apropriadas. Sem tal ajuda, muitas sentem dificuldade em aprofundar os estudos sobre xamanismo. Para esclarecer como se pode adentrar o universo xamânico, compartilhamos, nessa página, ensinos ancestrais. Pretendemos encorajar as pessoas interessadas pelo xamanismo a terem suas próprias experiências. Longe de apresentarmos uma idéia meramente romântica de xamanismo, visamos, acima de tudo, à praticidade e à veracidade deste conhecimento. Tudo, sem a pretensão de esgotarmos o assunto ou de sermos os únicos verdadeiros portadores do conhecimento xamânico.

O caminho sagrado é uma ARTE tão antiga como a vida na Terra. No Período Paleolítico, quando os homens ainda moravam em cavernas cercadas de feras, eles viviam com medo de tudo. Mas, ao observarem o ciclo da natureza e das suas manifestações, refletiram sobre sua relação com o Universo. Assim, sem saber, estabeleceram uma ponte com o macrocosmo, traçando um fio que nunca mais iria se romper. Durante algum tempo, as práticas xamânicas encontraram-se adormecidas, mas voltaram a despertar a atenção dos homens modernos, independentemente das suas circunstâncias. Independentemente do estágio cultural em que se encontrem, de viverem na selva de pedra urbana, cercados de racionalidade científica, circunstâncias que não estavam presentes quando nossos antepassados se reuniram pela primeira vez ao redor de uma fogueira.

Capazes de elevar a consciência para estados de êxtase desconhecidos para o homem comum e de ser relacionar com outras realidades, os xamãs são seres privilegiados por viverem entre o mundo material e o reino invisível dos espíritos. Hoje, numerosos doutores e psicoterapeutas defendem e utilizam as técnicas ancestrais para atingir outras realidades, para atingir a cura efetiva no tratamento de certas desordens do corpo e da alma. A bibliografia sobre xamanismo foi ampliada nestes últimos anos. Porém, apesar disto, continuam a ocorrer equívocos ao se definir os xamãs como feiticeiros, videntes, curandeiros, médiuns e outros intermediários das coisas sagradas.

Mas, o que é realmente o xamanismo? Quem pode ser chamado de xamã?

A melhor definição talvez tenha sido a de Mircea Eliade: o xamã é alguém capaz abandonar seu corpo, e viajar entre os mundos. O conhecimento adquirido nessas viagens com os habitantes de diferentes realidades, entre outras coisas, qualificam o xamã a manter o bem-estar e a obter a cura para eles próprios e para os membros de suas comunidades. E é justamente essa facilidade de realizarem essas viagens extáticas que define o xamã como "aquele que voa". Então, o xamanismo é a técnica do êxtase, um conjunto de procedimentos para exercitar o controle do vôo mágico. Não é um culto, mas um conjunto de práticas e técnicas, antigas como o ser humano, que usa o simbolismo de cada cultura das pessoas que as praticam. Mas, debaixo daqueles símbolos, as mesmas forças e os mesmos elementos estão agindo no insondável infinito, possibilitando aos indivíduos aprenderem conscientemente a transpor o aparente abismo existente entre o mundo físico e o espiritual, entre as esferas da visão e da imaginação.




O que é um Xamã?

Uma definição básica de um Xamã é relacionada as culturas primitivas que respeitam a natureza e todas suas coisas viventes. Xamanismo não vê todas as coisas como objetos fixos, como geralmente nossas convicções ocidentais sugerem, mas como padrões de energia correntes, constantemente fundindo, trocando, e vagueando separadamente em uma dança infinita. O Xamã é reconhecido como sendo uma pessoa com esta dança de energia, e como tal, está constantemente trocando energia com todas as coisas, vivendo em mudança constante. Nós nunca podemos ser exatamente como éramos a um minuto atrás, nós não podemos viver em nosso passado, nenhum poder reside no presente momento, temos que aceitar os padrões de energia que estão em nós.

Outro aspecto de convicção do Xamanismo é aquele mito da realidade dos dois lados da mesma moeda, diz de quem e como. Consequentemente, ambos são válidos. Uma pessoa simplesmente não pode existir sem a outra. Como Lao disse de Tsé, " Um é cria do outro ". Nossa deficiência de mitos na nossa cultura só serviu para nos fazer sentir isolados um do outro e resultou freqüentemente em medo, e preconceito do que realmente somos. Quando nós estudamos os mitos, quando nós procuramos profundamente dentro de nós mesmos as respostas, nós aprendemos a entender nós mesmos e nossa conexão verdadeira com todas as coisas. Só deste modo, reconhecendo que nós somos tudo e tudo somos nós, poderemos verdadeiramente entender e curarmos nós mesmos e nosso mundo.

Em muitas culturas, o mito está em toda parte tal qual como o movimento da Consciência. Estas pessoas que buscam profundamente dentro deles achar respostas das que eles precisam tão desesperadamente, mas que foi rejeitado por uma sociedade que mergulhou no medo. Quando nós viajamos em nossas visões, nossa mente subconsciente cria imagens que nos permitem entender o mundo, só palavras não podem descrever completamente o que fazemos nessas visões. Isto é por que algumas pessoas vêem anjos enquanto outros são visitados por E.Ts e ainda outros falam com espíritos animais. Nossas mentes apresentam um pedaço de nós nessas imagens para que nós possamos nos entender melhor como indivíduos.

Assim que comecei a trilhar o caminho do Xamanismo, uma Xamã romena me ensinou: "Xamã é uma palavra de origem tunguska (povo nativo da Sibéria), designando uma pessoa que pode "voar" para outros mundos, entrar em um estado extático e ter acesso e contato com seus aliados (animais, vegetais, minerais), seres de outras dimensões e os espíritos ancestrais. O Xamã se diferencia do mago, curandeiro, feiticeiro ou bruxo, pela forma de comunicação com outros mundos. O Xamã se identifica com os seus auxiliares ao se transportar para outros planos, enquanto os outros invocam estes seres para seus rituais e trabalhos mágicos."

Eu sinto que qualquer um que começou a buscar profundamente resgatar o contato perdido com a Mãe Terra, achando o lugar deles no grande círculo da vida, restabelecendo assim o seu próprio equilíbrio, é um " Xamã " moderno. Ser um Xamã não confere grandes poderes ou grande respeito. Mas, é uma responsabilidade para nós mesmos e nosso mundo, para curar e ensinar os outros a viverem em paz com todas as coisas.

O que é Respeito?

Ser um Xamã é mais que um astuto método de como viajar, é um modo de vida. Aprender com o Xamanismo é mais que uma aprendizagem do que faz um Xamã, aprendendo o Xamanismo aprende-se com os atos do Xamã. Um dos aspectos mais importantes da vida de um Xamã giram ao redor do conceito que fazem do que é respeito; respeitando o ego da pessoa, respeitando os outros, e com respeito a Mãe Terra.

Antes que entremos profundamente no estudo do Xamanismo, é importante entender o significado do que é respeito. Respeito não é nenhuma reverência do Xamã, seu significado vai muito mais fundo. Não exige que algo que seja superior a qualquer outra coisa, seja reverenciado como tal. A palavra "respeito" significa "olhar novamente" literalmente. Conseqüentemente, respeito nos pede para olhar além da primeira impressão e estar disposto a ver o que não era nenhum óbvio no princípio.

Nós mesmos, precisamos de respeito para limpar nossos egos do ódio, que é uma aflição comum em nossa sociedade. Quando nós estamos dispostos a olhar para uma nova luz, sem julgamento, nós adquirimos uma maior confiança e coragem em nossas vidas. Nós aprendemos que nós somos merecedores bastante para viver a vida em abundância e felicidade. Nós aprendemos aceitar nossas limitações e estamos disposto ampliar nossos horizontes e limites para viver a vida mais completamente. Ao mesmo tempo, nós também fixamos limites que nos ajudam a crescer em um ambiente seguro. Essencialmente, nós aprendemos a ter controle de nossas vidas, fazendo a escolha de como criar as nossas próprias realidades conscientemente.

Respeito para com os outros no aprendizado é fundamental. Quando nós estamos dispostos a ver as pessoas sob uma nova luz, damos a elas o espaço que precisam para crescer; nós não as limitamos pelas nossas expectativas ou julgamentos sobre elas. Nós não precisamos forçar os outros a ver o que nós pensamos estar errado com eles. Nem espalhamos rumores ou acusações, baseado em nossas próprias interpretações, que podem ser falsas.

Respeitando a Mãe Terra estamos aprendendo a entender que nós não somos os mestres dela, somos sim como crianças dela. Nós precisamos da terra para viver, o contrário não. Para que nós vivamos, nós temos que proteger a Terra dos efeitos da poluição, da devastação e assim por diante. Respeitar a Terra completamente, exige que nos respeitemos tudo e a todos, como as conexões que todos nós compartilhamos. Afinal, quer queiram ou não, "somos todos parentes".

O que está curando?

Um conceito abstrato, tão longe, tão inacessível.

Isso é o que eu pensava sobre curar, porque eu nunca soube o que realmente era curar. Certamente eu tinha partido daquele conceito Ocidental, como simplesmente sendo algo executado por um doutor, ou tomando um remédio. Mas embora eu buscasse cura para meu corpo inteiro, nada me ajudava a ser curado completamente. Não até que eu decidi realizar minha cura com minhas próprias mãos. Eu tinha realizado um trabalho curativo pago, por oração e círculos curativos. Não fui curado até que eu tive minha primeira certificação de Reiki, onde finalmente descobri a chave. "Ninguém cura o outro. Toda cura está dentro de cada um". Eu guardo essas palavras sagradas do Reiki. E como eu sigo o caminho de um Xamã, eu estou achando elas a cada dia mais verdadeiras.

Curar é muito mais que o alívio da dor física, e até mesmo mais que a tensão da dor emocional. A Cura Verdadeira é a arte de viver. Isto é, ninguém pode curar o outro verdadeiramente; nós temos que viver nossas próprias vidas.

Para viver nossas vidas, nós temos que aprender criar nossas próprias realidades conscientemente. Então nós teremos a vida que nós queremos viver verdadeiramente. Mas onde começa? Começa ao aceitar-se como você realmente é, sem julgamento. Uma vez que você pode se aceitar, você poderá começar a fazer mudanças em você, porque você se preocupa com você. Você tem que perceber que você pode se tornar uma pessoa que você escolheu ser, mas isto levará tempo.

Um das coisas mais importantes a fazer é aprender a ser você, e ser merecedor dessa vida. Você é merecedor de receber amor, prosperidade e alegria. Você é merecedor de querer seu próprio bem. Você não merece ser ferido, independentemente do seu passado. Se você pode aceitar que realizou coisas que você não está orgulhoso, você pode escolher aprender com essas experiências, em vez de correr delas, e poderá tomar decisões diferentes da próxima vez. Se você sente que você precisa de ajuda, você tem que tomar uma decisão para conseguir ajuda. Se você quer ser curado verdadeiramente, você tem que aceitar que você é merecedor da cura. Só então você poderá realizar a sua cura.

Uma vez que você percebe o poder que você tem sobre sua própria vida, você começara a trilhar o caminho para a cura verdadeira. Como você ganha mais confiança fazendo escolhas e se curando, você chegará lentamente ao ponto onde você perceberá que está transformando sua realidade inteira.

O que é Renascimento?

O conceito de morrer e renascer em nossas vidas presentes é um tema comum em muitas tradições de Xamanismo. Nós constantemente estamos trocando energia com todas as coisas. Isto pode ocasionar mudanças nas nossas condições e de como nós somos afetados pelas emoções, palavras, e ações de outros. O Xamã reconhece, que nós estamos trocando energia com todas as coisas: pessoas, animais, plantas, pedras, tudo! Uma vez que você reconhece isto, você pode aprender a escolher seu ciclo de renascimento.

Quando você aprende a controlar as energias que você dá e recebe, você irá romper o muro que está bloqueando você a tornar-se a pessoa que você quer ser. Para que isso possa ocorrer, porém, você tem que aprender trabalhar com uma energia, e vir aceitar que energias estão influenciando sua vida atualmente. Para que possamos controlar o que nós lançamos, nós temos que aprender nos aceitar como nós somos. Este processo requer um grande respeito e compaixão para nós mesmos. Nós temos que ter coragem para aceitar que nós somos capazes e merecedores de controle da tomada de nossas próprias vidas. Para aqueles que sentem que não há nenhuma esperança, lembrem-se que nós sempre estamos mudando, diariamente e, a todo momento, nós estamos renascendo. Permita-se começar cada dia com este pensamento, porque ele será um ajudante muito poderoso para que nós possamos aprender a controlar nosso próprio ciclo de renascimento.

Há muitos caminhos para buscarmos como trabalhar com as energias que influenciam nossas vidas. Aqui têm uma meditação simples que você pode utilizar para ajuda-lo.

Relaxe e faça respirações lentas e profundas pelo seu diafragma. Você pode desejar chamar seus aliados para guiar você. Você pode se envolver com luz branca que o protegerá durante a meditação.

Imagine que fios de energia estão saindo de você e ligando-o a todas as coisas. Saiba que estes representam sua conexão e troca de energia com todas as coisas. Agora examine um dos fios mais espessos. Estas cordas representam coisas que têm uma maior influência em sua vida. Examine bem o fio. Seguramente você quer esta conexão? Se a resposta for negativa, então permita o fio se dissipar lentamente. Envie amor curativo para onde o fio estava conectado em você. Se você mantém uma conexão, examine o fluxo de energia do fio. A Energia viaja para os dois lados, ou só em uma direção? Você está dando mais que recebe? Nesse caso, tenha certeza de que você está dando de boa vontade. Você está recebendo sem dar? Nesse caso, envie energia pelo fio para corrigir isto. Continue trabalhando com estes fios conectandos de energia, especialmente o mais espesso, até que você sinta que seu trabalho acabou.

Agora desperte sua consciência. Lentamente abra seus olhos. Sinta uma paz e saiba que você deu um passo para controlar seu próprio processo de renascimento.

Xamã o Mito

Num mito generalizado, comum a praticamente todas as culturas xamânicas, numa época em que os homens em desamparo eram dizimados pelos demônios das doenças e da morte, a divindade suprema atendeu sua súplicas enviando a águia para ajudá-los. Mas esta não foi aceita como enviada divina por se tratar de uma ave. Apenas uma mulher a acolheu, reconhecendo-a como representante da divindade. Da união da mulher com a águia nasceu o primeiro xamã. Portanto, desde o início, o xamã é um misto de divino, de humano e de animal. Pelo fato de conter em si essas três naturezas, ele tem acesso aos três planos. Daí a sua importância na comunidade onde vive: os homens comuns já não se sentem mais no desamparo, pois um deles possui a divindade e pode servir de intermediário entre esta e o homem comum.

O xamã é escolhido a partir de um "chamado divino", por herança, ou por aprendizado. Em qualquer um desses casos, logo após a sua eleição, o xamã entra num estado alterado de consciência, num coma profundo, no qual ele é levado para a caverna dos antepassados. Sua cabeça é então retirada do corpo, seus olhos lavados para que possa "ver", seus membros arrancados, e o resto do corpo cortado em muitos pedaços que são jogados nos quatro cantos do mundo. Esses pedaços são comidos pelos demônios de todas as doenças, e isso, posteriormente, vai outorgar-lhe o direito de cura de todas as doenças. Ao final, seu corpo é refeito; porém, sempre faltará um ossinho, perdido e jamais encontrado, para dar a ele a dimensão da sua imperfeição e, portanto, da sua humanidade.

A partir desse mito, constata-se a existência do arquétipo do "curador ferido". Aquele que cura com sua própria dor. Ao reconhecermos e aceitarmos a existência em nós mesmos desse arquétipo ativado, recuperamos também alguns de seus atributos. Entre esses, a compaixão e a humanidade, sem os quais qualquer trabalho xamânico não tem possibilidade de êxito real. Ao aceitar sua natureza animal, o terapeuta integra a sua sombra, com consequente contato com uma fonte de criatividade e de cura. Impregnado de compaixão e humildade, o que lhe permite aceitar o paciente exatamente como ele é, em toda a dimensão de sua realidade, o terapeuta mobiliza esse mesmo arquétipo no paciente. Este irá assim desabrochar em termos de compaixão por si próprio. E chegará à humildade de se perceber imperfeito e desprovido de um "ossinho", como o próprio xamã o é.

A cura xamânica é simplesmente uma ampliação da consciência buscando a mobilização do fator de auto-cura. Todo arquétipo pressupõe uma contraparte . O curador contém o doente e vice-versa.

A busca do xamã interiorizado é a busca do curador que existe em todo doente. Abre-se assim um leque de cura para todos os doentes.




O que é Ritual?

Ao contrário da convicção popular, ritual não tem nada que ver com forças místicas ou sobrenaturais. Em nossa sociedade, muitas pessoas temem o ritual. O que a maioria das pessoas não percebe é que eles estão realizando rituais todos os dias. De manhã ao acordar, cada pessoa segue certos hábitos, como beber café, andar pela ruas, brincar com o cachorro. Estas ações habituais são rituais. Qualquer forma de sucessão repetida de ações que são levadas a cabo de um modo específico é um ritual. É um processo que nos leva completamente para uma sensação de estabilidade ritual natural.

Do ponto de vista de um Xamã, o ritual nos leva a aprender a utilizar os métodos de cura promovendo o equilíbrio de nossas vidas, como também viver em respeito com todas as coisas (inclusive ele próprio), protegendo nossa Mãe Terra. Como exemplo eu faço um pequeno ritual matutino, ao me levantar, saudo o sol em honra da sua luz como uma fonte de vida. Ao anoitecer, saudo a lua em honra da sua luz que nos guia em nossos caminhos, ao honrar a luz começamos a desvendar o mistério sagrado da escuridão que nos faz lembrar da necessidade de termos uma direção interna que nós buscamos profundamente dentro de nós mesmos.

Outra parte de meu ritual matutino e lavar meu corpo com a água corrente (outra fonte de vida) para ajudar a limpar feridas passadas e conservar essa água, que alimenta o meu corpo e encoraja sua cura e crescimento, após esse banho ou antes faço uma meditação caminhando pela mata para clarear a minha mente.

Como vocês podem ver, todas as mudanças vêm principalmente da perspectiva que temos de ver as coisas como sagrado, em vez de sermos apressados no julgamento e esquecendo o que nós somos. Nós não somos autômatos, somos filhos e curadores da Mãe Terra.

Para esses de vocês que os rituais é mais que um empenho religioso ou espiritual, eu lembro que a espiritualidade não é algo para ser exercitado só de vez em quando. Espiritualidade deve ser vivida! Nós temos que viver a vida como sagrada, porque ela é sagrada.

As vezes, entretanto, nós sentimos uma necessidade através de um ritual em buscar uma direção, clarearmos um assunto e promovermos o crescimento em nossas vidas. Isto é por que nós levamos tempo para viajar, fazemos mágica, ou dançamos com nossos animais aliados. Eu pessoalmente acho que ambos os tipos de rituais, que realizo diariamente me dá o enfoque necessário para viver em equilíbrio e conscientemente criar minha (nossas) própria realidades.

Enfocando as palavras do Xamã que me iniciou no caminho do Xamanismo: "Só os tolos são coerentes". Essa frase simples e filosófica nos leva a arte da fabricação da mudança de nossa realidade realizada pelo Ritual diário da nossa jornada. O que ele queria dizer com isto era que, nós escolhemos ver as coisas diferentemente, como uma criança que vê as coisas com uma mente criativa e aberta para mudar nossas idéias da realidade. Ou seja, nos estamos cada dia aprendendo algo de novo, e devemos ser honestos conosco e aceitar novas idéias e a visão da vida. É por isto que alguns Xamãs vestem máscaras de animais. Quando nós pretendemos e nos permitimos ver as coisas como uma criança, nos permitimos criar nossas idéias de realidade, sem medo ou julgamento.

MÚSICA DA SUA VIDA (papo com Luísa)

E ela me vem do nada com essa pergunta agora...

Madame Butterfly - QUAL É A MUSICA DA SUA VIDA?

E eu fiquei intrigado... será que eu não tenho uma musica? todo mundo tem, até o tiozinho que foi trocado pelo carroçeiro, o que foi expulso de casa pela mulher oportunista e pilantra, o pipoqueiro e os velhinhos amantes que comemoram bodas de ouro... Por que eu não teria uma música?

Na verdade, todos temos. A nossa música é aquela que invade a nossa alma e a gente chora só de ouvir a introdução. mas ela está tão funda, tão interna na nossa mente que demora a descobrir. Algumas nem foram compostas ainda. mas um dia ela vem. vem com força, toma a alma... (chega, já ta enchendo de açucar.)

Bom, refleti muito. e aconselho a cantarmos todos os dias a música da nossa vida. seja ela qual for, nem que seja sertanojo... Cante! Viva! seja sua música, seja autêntico, seja você!

Sei que estão curiosos.. ta bom.. finalmente cheguei a uma conclusão essa é a musica da minha vida. A descobri em um momento raro, desses que até parecem um pneu estourando longe... lá em Aldebaran... (a La Mário Quintana...)

Poucas pessoas entenderiam. mas sei que alguém entende. Ela diz o seguinte:

I peer through windows,
Watch life go by,
Dream of tomorrow,
And wonder "why"?

The past is holding me,
Keeping life at bay,
I wander lost in yesterday,
Wanting to fly -
But scared to try.

But if someone like you
Found someone like me,
Then suddenly
Nothing would ever be the same!

My heart would take wing,
And I'd feel so alive -
If someone like you
Found me!

So many secrets
I've longed to share!
All I have needed
Is someone there,

To help me see a world
I've never seen before -
A love to open every door,
To set me free,
So I can soar!

If someone like you
Found someone like me,
Then suddenly
Nothing would ever be the same!

There'd be a new way to live,
A new life to love,
If someone like you
Found me!

Oh, if someone like you
Found someone like me,
Then suddenly
Nothing would ever be the same!

My heart would take wing,
And I'd feel so alive -
If someone like you
Loved me...
Loved me...
Loved me!...

PAPO COM LUÍSA

Chega a ser engraçado e intrigante a sintonia, sabe, como Bonny & Clyde, Will & Grace, David Hasselhoff & Colen Sextoon, Hyde e Lucy, William Fernandes e Cecília Arienti, Mutano e Ravena, Batman e Robin (???!!)


CORUJA - Ok, vamos embora. Já chega de projetar autódromos por hoje

MADAME BUTTERFLY - É, daqui a pouco a gente vai estar desenhando os carrinhos... e em perspectiva!! (risos). Cara, to com muita vontade de ir na sacada ver o por-do-sol...

C - Você tem mesmo que ir embora agora?

MB - Na verdade não...

C - então vamos, oras!

MB - ainda bem que você percebeu minha indireta.

C - É, percebi... sabe como é, você é péssima com indiretas

MB - {#}


na sacada....


MB - Essa é com certeza a vista mais linda da UFT... depois de mim, é claro!{#}

C - ... já reparou no quanto o por-do-sol é simples e lindo, tipo, é só uma bola de gás Hélio incandescente, água embaixo, água vaporizada em cima... mas olha esse reflexo no lago, os tons de vermelho, roxo e rosa nas nuvens, é perfeito!

MB - Aqueles barqueiros ali devem ter visto tudo do melhor ângulo.

C - Aposto que nem repararam...

MB - Acredito...

C - E já está acabando. Por que as coisas mais bonitas e maracantes do dia são justamente aquelas que se acabam rápido? Tem mesmo que ser assim?

MB - Você quer dizer as mais bonitas e marcantes da vida, né... eu tenho medo disso, sabe... de deixar a vida passar sem que eu perceba os momentos raros. É por isso que eu me ligo a pessoas com sensibilidade para perceber estes momentos e me avisar quado eles acontecem... como você, por exemplo!

C - {#}


Depois de vermos o por-do-sol juntos pela primeira vez, fomos a um concerto erudito, ouvir Villa-Lobos, indicados pela irmã gêmea da Madame Butterfly. Passamos o dia juntos. Ah! e só pra matar a curiosidade (da Luísa) de pessoas aleatórias, o perfume que eu estava usando é o "pomar de limas" da Natura.

É isso! Beijo do Coruja!


" Observando o por-do-sol, eu percebo que é preciso fazer um esforço enorme pra ser realmente infeliz."

(Luísa Sponholz, dona do blog Butterflies & Hurricanes e

estudante de arquitetura e urbanismo da UFT)