sexta-feira, 7 de agosto de 2009

visão sobre a paz


Disseram-me, uma vez, que a minha calma transmite paz. Disseram-me que gostariam de ficar ao meu lado, por sentir-se bem, em paz. Não nego, tenho esse poder. Mas não se engane jamais. A paz que eu ofereço, é a mesma paz que antecede uma explosão atômica, o infarto, o instante de paz entre o apertar do gatilho e a penetração do projétil no crânio. A mesma paz que reside no olho do furacão. A mesma paz de uma lápide. Principalmente após a mordida, quando seu sangue rega minha boca com doçura, enquanto minhas mãos frias passeiam pelo seu corpo desnudo, causando "um calor gélido e ansiado na boca do estômago". E é natural, pois já perdi a conta de quantas vezes eu me perdi dentro da minha mente. Eu já morri muito. Sei onde encontrar a paz. Caso queira senti-la, basta uma coisa: Aproxime-se de mim, mostre-me o seu pescoço, deixe-me sentir o cheiro do seu sangue atravéz da pele da sua nuca, e eu te darei uma sensação que você jamais experimentou. Apenas prometo que serei lento, cruel e doloroso, afinal, eu adoro o cheiro do medo!

Um comentário:

  1. Também já perdi a conta de quantas vezes me perdi dentro da minha mente. Essa identificação me deixou momentaneamente preocupada. xD

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